Nikolas Ferreira vira réu em ação que pode resultar em sua inelegibilidade

A Justiça Eleitoral de Minas Gerais aceitou denúncia por divulgação de notícias falsas contra Fuad Noman durante a campanha de 2024 em Belo Horizonte

A Justiça Eleitoral mineira abriu processo contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL/MG) e outros três políticos do mesmo partido após acolher uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE-MG). A ação, formalizada nesta sexta-feira (25/7), acusa o grupo de promover uma campanha de desinformação contra o então prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), durante o segundo turno das eleições municipais de 2024.

Além de Nikolas, também se tornaram réus o deputado estadual Bruno Engler (PL/MG); a deputada estadual Delegada Sheila (PL/MG), presidente do PL Mulher em Minas; e Cláudia Araújo Romualdo, 1ª secretária do PL Mulher em Minas. Caso sejam condenados, eles poderão perder os mandatos e ficar inelegíveis por oito anos, além de pagar indenizações.

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Nikolas Ferreira após saber do acolhimento da denúncia nesta sexta-feira (25/7)Reprodução: X/@nikolas_dm

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Nikolas FerreiraReprodução: Câmara dos Deputados

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Deputado estadual Nikolas Ferreira (PL/MG)Divulgação: Câmara dos Deputados

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Nikolas Ferreira ao vivo na LeoDias TVReprodução: LeoDias TV

Foto: Luiz Santana/ALMG

Bruno Engler, deputado estadual (PL/MG)Foto: Luiz Santana/ALMG


Segundo o MPE, os denunciados usaram trechos do livro “Cobiça”, escrito por Fuad Noman, de forma distorcida para insinuar que a obra fazia apologia a crimes envolvendo crianças. Os vídeos e postagens criaram uma falsa associação entre uma cena fictícia do livro e eventos reais promovidos pela prefeitura, como um festival de quadrinhos.

A Procuradoria classificou a conduta como difamatória e ressaltou que Nikolas Ferreira chegou a desobedecer uma ordem judicial, emitida em outubro de 2024, que determinava a remoção do conteúdo. Em vez de cumprir, o parlamentar voltou a publicar novas acusações e ironizou a decisão da Justiça Eleitoral.

Após a denúncia, que veio à público no dia 8 de julho, Nikolas comentou o assunto no X, afirmando que está sendo perseguido: “Estão querendo me deixar inelegível porque denunciei um livro pornográfico do antigo prefeito de Belo Horizonte. Uai, não posso falar e denunciar mais não? É muita coincidência que só parlamentares de direita são perseguidos neste país”, disse ele.

Com a decisão da Justiça Eleitoral mais recente, Nikolas também comentou em seu perfil no X: “Querem calar milhões… mas estamos aqui e de pé”. O portal LeoDias procurou o posicionamento oficial na noite desta sexta-feira (25/7), mas ainda não recebeu retorno. As assessorias de Bruno Engler, Delegada Sheila e Cláudia Araújo também foram procuradas. O espaço está aberto para esclarecimentos.

A decisão do juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, dá aos acusados um prazo de 10 dias para apresentarem defesa. Se a sentença for condenatória, os parlamentares não só perderão os cargos, como ficarão impedidos de disputar qualquer eleição pelos próximos oito anos.

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