A ofensiva de Donald Trump contra quem ele vê como opositor em meios de comunicação escalou nos últimos dias e levou a mais um efeito prático: a rede ABC suspendeu o talk-show de Jimmy Kimmel depois de o apresentador fazer comentários sobre o assassinato do ativista Charlie Kirk, vistos como desrespeitosos por trumpistas.
O presidente americano, que assumiu falando em restaurar a liberdade de expressão e criticando a “cultura do cancelamento”, tem movido ações judiciais contra veículos de imprensa e celebrado demissões como a de Kimmel —em junho, o Late Show de Stephen Colbert chegou ao fim.
O atentado contra Kirk acelerou a ofensiva e levou a um ponto de inflexão entre trumpistas, que passaram a falar em limites à liberdade de expressão —citando expressões como “discurso de ódio”. Postagens que celebraram a morte do ativista ou criticaram falas preconceituosas dele levaram a uma caçada virtual com a exposição de usuários.
O Café da Manhã desta segunda-feira (22) trata do debate sobre liberdade de expressão no governo Trump e dos reflexos que ele pode ter —inclusive fora dos EUA. Clarissa Gross, professora da FGV Direito SP e cofundadora do Instituto Tornavoz, explica o que está por trás da discussão e analisa a perseguição a quem Trump vê como opositor e a instrumentalização política do conceito.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon. A produção é de Gustavo Luiz, Laura Lewer e Raphael Concli. A edição de som é de Thomé Granemann.