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Peru resgata 1.600 turistas no Machu Picchu após protesto – 17/09/2025 – Mundo

O governo do Peru informou na terça-feira (16) que resgatou cerca de 1.600 turistas retidos perto de Machu Picchu, o famoso sítio arqueológico no sudeste do país, por um protesto de moradores que entraram em confronto com a polícia.

Entre as pessoas resgatadas estão franceses, japoneses, americanos, poloneses, chilenos, brasileiros, alemães, mexicanos e portugueses.

A ministra do Comércio Exterior e Turismo, Desilú León, anunciou o traslado dos visitantes para a cidade de Cusco, a 110 km de distância da cidadela inca.

O serviço ferroviário entre os dois locais está interrompido desde a segunda-feira (15) devido a bloqueios de moradores que exigem que uma nova empresa assuma o transporte de ônibus da estação ferroviária para Machu Picchu, após o fim de uma concessão de 30 anos.

Patrimônio da Humanidade desde 1983, Machu Picchu recebe uma média diária de 4.500 visitantes, incluindo um alto número de estrangeiros, segundo dados oficiais.

Como resultado do protesto, pelo menos 2.300 visitantes ficaram retidos, 1.400 dos quais foram resgatados durante a madrugada com a ajuda da Polícia, que liberou a rota ferroviária à meia-noite de segunda-feira.

A polícia conseguiu resgatar mais 156 até precisar interromper a retirada dos turistas por algumas horas, após novos bloqueios que resultaram em confrontos com os manifestantes. Em nota, a força de segurança informou que 14 agentes ficaram feridos após serem agredidos com “objetos contundentes” pelos manifestantes.

Depois, os moradores declararam uma trégua até a manhã de quarta-feira, disse à AFP Óscar Luque, representante da Defensoria do Povo.

Durante a interrupção da operação de resgate, alguns turistas tiveram que fazer uma caminhada de até três horas, segundo jornalistas da AFP presentes no local.

“A alternativa que nos dão (…) é que caminhemos por duas, três horas para então pegar algum ônibus ou algum (outro) transporte (…) No meu caso, não posso porque minha esposa está grávida”, disse o turista chileno Miguel Salas.

Em post no Instagram, a jornalista brasileira Maria Angélica Oliveira, radicada no Peru, publicou um vídeo em que mostra os transtornos para viajantes. “Isolados em Águas Calientes devido aos protestos que impedem a circulação de trens, turistas estão caminhando 12 km pelos trilhos da ferrovia até chegar à localidade conhecida como hidrelétrica, onde há vans de transporte informal que fazem a rota até Cusco”, escreveu.

O protesto é organizado pela Frente de Defesa dos Interesses de Machu Picchu, que no domingo anunciou, em um comunicado, uma greve por tempo indeterminado até que uma nova empresa de transporte terrestre comece a operar na região. Os moradores atravessaram rochas e troncos em vários trechos da ferrovia.

Apesar de sua concessão ter expirado em 4 de setembro, a empresa Consettur Machupicchu informou à AFP que continua operando, sem dar mais detalhes.

A ministra León anunciou para as próximas horas uma “reunião com as autoridades locais e os sindicatos” em busca de “uma solução para os protestos”.

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