Moedas de ouro e prata foram roubadas de um museu na cidade de Langres, na França, menos de 24 horas após o roubo do Louvre no domingo (19). A instituição cultural, chamada Maison des Lumières, é dedicada ao filósofo francês Denis Diderot.
Segundo comunicado da prefeitura enviado à agência AFP na quarta-feira (22), os funcionários municipais que trabalham no museu chegaram ao local na segunda-feira (20) e “constataram um possível arrombamento no edifício”.
“Uma parte do ‘tesouro do museu’, um conjunto de moedas de prata e ouro descoberto durante as obras de renovação do Hôtel du Breuil, que hoje abriga o museu, desapareceu”, segue a nota. “A vitrine que protegia o tesouro foi encontrada quebrada no chão.”
As moedas foram descobertas em 2011 por um funcionário em um nicho escondido atrás de uma parede de madeira do casarão, que estava em obras. O conjunto era composto por 1.633 moedas de prata e 319 moedas de ouro datadas de 1790 a 1840, segundo informou a prefeitura na época.
A prefeitura não especificou nem o número de moedas roubadas, nem o valor estimado do prejuízo, mas disse que as equipes do museu estão fazendo “um inventário detalhado” que será entregue aos investigadores.
O prejuízo com o roubo das joias no Louvre foi calculado em € 88 milhões (cerca de R$ 550 milhões).
A presidente e diretora do museu parisiense, Laurence des Cars, afirmou quarta-feira (22) que nenhuma câmera de segurança na rua captou imagens da ação.
Já a ministra da Cultura da França, Rachida Dati, disse um dia antes, na terça, que o sistema de segurança do Louvre não falhou, referindo-se ao fato de que os alarmes dispararam duas vezes, quando os quatro criminosos quebraram a janela por onde entraram e as vitrines de onde tiraram as joias.
Seguranças e policiais, porém, não chegaram a tempo de impedir a fuga. O crime reacendeu críticas da oposição e levantou debate sobre segurança das instituições culturais do país.
Museu mais frequentado da França, o Louvre recebe cerca de 9 milhões de visitantes por ano. O presidente Emmanuel Macron havia anunciado, em janeiro, uma reforma estrutural até 2031, com nova entrada e reorganização das salas para reduzir o fluxo de visitantes.
No mês passado, dois museus importantes da França sofreram assaltos milionários. Pepitas de ouro foram levadas do Museu Nacional de História Natural de Paris, e porcelanas chinesas estimadas em milhões de euros desapareceram de um museu de Limoges.



