Os Estados Unidos retiraram a restrição imposta à Ucrânia para o uso de alguns mísseis de longo alcance, nesta quarta-feira (22), segundo o jornal americano The Wall Street Journal.
Em agosto, o jornal havia relatado uma determinação do Departamento de Defesa americano que impedia Kiev de disparar qualquer sistema de mísseis de longo alcance fabricado nos EUA contra alvos na Rússia desde o final de junho.
Em pelo menos uma ocasião, a Ucrânia havia tentado usar o Atacms contra um alvo em território russo, mas não obteve autorização, disseram dois funcionários do governo americano ao Wall Street Journal na ocasião.
O veto dos EUA a ataques de longo alcance restringiu as operações militares da Ucrânia enquanto a Casa Branca buscava atrair o governo da Rússia para iniciar negociações —pouco depois, Donald Trump e Vladimir Putin se reuniram no Alasca. Com a estagnação das conversas e novo aumento da intensidade do conflito, a nova determinação permite à Ucrânia usar mísseis americanos para atingir mais longe dentro do território russo.
A medida ocorre ainda poucos dias após Trump negar ao ucraniano Volodimir Zelenski o envio de mísseis de cruzeiro Tomahawk, que expandiriam o alcance das armas disponíveis a Kiev a pelo menos 1.600 km e colocando Moscou na linha de fogo de mísseis mais poderosos do que os métodos empregados até aqui pelos ucranianos para atingir território russo, como drones de produção nacional.
Nesta quarta, a Ucrânia afirmou ter empregado o míssil de cruzeiro franco-britânico Storm Shadow em ação conjunta com drones na região russa de Briansk, na fronteira.