O PT fará no primeiro semestre de 2026 um congresso partidário, no qual discutirá mudanças substanciais em seu funcionamento e programa político. A ideia é usar o evento também como uma espécie de tiro de largada para a campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O congresso foi promessa de campanha do presidente do partido, Edinho Silva, que assumiu o cargo em agosto. A decisão foi chancelada nesta segunda-feira (20) pela Executiva Nacional do partido.
“O congresso é uma espécie de constituinte partidária, onde tudo pode ser discutido”, diz Jilmar Tatto, vice-presidente da legenda. Desde a fundação do PT, há 45 anos, houve apenas sete destes eventos.
Entre os temas programáticos que devem ser discutidos estão o enfrentamento à extrema direita, mudanças no mundo do trabalho, a centralidade da temática ambiental e o poder das big techs.
Também pode haver mudanças no estatuto e nas regras internas da legenda, como a limitação à reeleição de dirigentes em cargos da burocracia partidária.
Congressos anteriores discutiram inclusive o conceito de socialismo adotado pelo PT, que sempre defendeu um modelo democrático, distante de experiências autoritárias. O tema pode ser retomado no próximo evento.
A data do congresso não foi definida, com o mês de abril como uma das possibilidades.
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