O cantor americano Kenny Loggins se manifestou contra o uso de sua música “Danger Zone” em um vídeo feito com inteligência artificial por Donald Trump e postado nas redes sociais do presidente. Nele, Trump aparece dirigindo um avião militar e bombardeando manifestantes do movimento “No Kings”, ou sem reis, com fezes.
O vídeo faz referência aos protestos que têm tomado cidades como Washington e Nova York contra políticas autoritárias do presidente.
“Esse é um uso não autorizado de ‘Danger Zone’. Ninguém me pediu permissão —que eu teria negado— e exijo que minha gravação seja removida imediatamente desse vídeo”, disse Loggins em um comunicado enviado a revista Variety.
“Não consigo imaginar por que alguém gostaria que sua música fosse usada ou associada a algo criado com o único propósito de nos dividir. Já há pessoas demais tentando nos separar, e precisamos encontrar novas maneiras de nos unir”, continuou Loggins. “Somos todos americanos e todos patriotas. Não existe ‘nós contra eles’ —isso não é quem somos, nem o que deveríamos ser. Somos todos nós. Estamos juntos nisso, e espero que possamos usar a música como uma forma de celebrar e unir cada um de nós.”
“Danger Zone” fez sucesso após ser usada como trilha do filme “Top Gun”, estrelado por Tom Cruise.
Cerca de 7 milhões de pessoas foram às ruas de 50 estados americanos para protestar contra Trump nesse mês, segundo dados da CNN. Celebridades como Mark Ruffalo, Jimmy Kimmel, Robert De Niro e Glenn Close se manifestaram a favor do “No Kings”.