O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou neste domingo (19) que os militares destruíram mais uma embarcação no Caribe e mataram três tripulantes. O barco, que teria sido destruído na sexta-feira (17), teria ligação com o Exército de Libertação Nacional (ELN), uma guerrilha da Colômbia.
Esta é a primeira vez, desde que Washington começou a bombardear embarcações no mar do Caribe há semanas, que o governo do presidente Donald Trump afirma ter destruído um barco ligado a uma organização colombiana —até o momento, os alvos eram divulgados como supostamente venezuelanos.
“Esses cartéis são a Al Qaeda do hemisfério ocidental, usando violência, assassinato e terrorismo para impôr a vontade deles, ameaçando a segurança nacional e envenenando nosso povo. Os militares dos EUA vão tratar essas organizações como os terroristas que são —eles serão caçados e mortos, como a Al Qaeda”, escreveu Hegseth, em publicação no X com vídeo da suposta ação.
Como em outros episódios semelhantes, além das imagens aéreas em vídeo, o governo Trump não providencia evidências sobre a filiação da embarcação, sua mercadoria e seus tripulantes.
Poucas horas antes, o presidente americano havia publicado na rede Truth Social mensagem em que chamava Gustavo Petro, presidente da Colômbia, de “líder de drogas ilegais” e sugeria que os EUA poderiam atacar produtores de droga em solo colombiano.
“O presidente Gustavo Petro, da Colômbia, é um líder de drogas ilegais encorajando fortemente a produção massiva de drogas, em grandes e pequenos campos, por toda a Colômbia. Tornou-se o maior negócio da Colômbia, de longe, e Petro não faz nada para parar isso, apesar de pagamentos e subsídios em larga escala dos EUA que não são nada além de um roubo de longo prazo contra a América”, escreveu Trump.
“O propósito dessa produção de droga é a venda de quantidades massivas nos EUA, causando morte, destruição e caos. É melhor que Petro, um líder pouco qualificado e muito impopular, desrespeitoso com a América, feche esses campos de morte imediatamente, ou os EUA vão fechá-los por ele, e não será bacana”, afirmou.