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Ex-conselheiro e atual crítico de Trump declara inocência – 17/10/2025 – Mundo

John Bolton, o especialista em segurança nacional e ex-conselheiro de Donald Trump que se tornou um dos maiores críticos do presidente dos EUA, se declarou inocente nesta sexta-feira (17) das acusações de manuseio indevido de informações sigilosas.

Bolton, 76, que foi indiciado na quinta-feira, é o terceiro crítico proeminente de Trump a enfrentar processo nas últimas semanas.

Ao chegar ao tribunal em Greenbelt, Maryland, Bolton não falou com os repórteres. “Inocente, Meritíssimo”, disse Bolton no tribunal. Ele foi liberado mediante fiança, e uma audiência no caso está marcada para 21 de novembro.

Bolton é acusado de compartilhar informações sensíveis com dois de seus parentes para possível uso em um livro que estava escrevendo, incluindo anotações sobre briefings de inteligência e reuniões com altos funcionários do governo e líderes estrangeiros.

O advogado de Bolton, Abbe Lowell, disse que ele não compartilhou nem armazenou nenhuma informação de forma ilegal.

Trump promete retaliação

Trump fez sua campanha eleitoral com a promessa de retaliação após enfrentar problemas legais ao fim de seu primeiro mandato em 2021. Nos últimos meses, ele pressionou o Departamento de Justiça, chefiado por Pam Bondi, a apresentar acusações contra seus adversários, chegando a afastar um promotor que considerava estar agindo de forma lenta.

Com isso, o departamento processou o ex-diretor do FBI James Comey e a procuradora-geral de Nova York, Letitia James.

Bolton atuou como embaixador dos EUA nas Nações Unidas, além de ter sido assessor de segurança nacional da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump, antes de se tornar um dos críticos mais contundentes do presidente. Ele descreveu Trump como inapto para o cargo em um livro de memórias lançado no ano passado.

A investigação sobre Bolton foi aberta em 2022, antes do atual governo Trump. No Departamento de Justiça, o caso é visto como mais forte do que as acusações contra Comey e James, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto.

Ele é acusado de oito crimes de transmissão de informações de defesa nacional e dez crimes de retenção de informações de defesa nacional, todos em violação à Lei de Espionagem.

Cada acusação é passível de até 10 anos de prisão, mas qualquer sentença será determinada por um juiz com base em uma série de fatores.

Em algumas das conversas descritas na acusação, Bolton e seus parentes —que não são identificados— discutiram o uso de parte do material para um livro. O ex-conselheiro se referiu às duas pessoas com quem compartilhou suas anotações diárias como seus editores, diz a acusação.

“Conversando com (editora do livro) porque eles têm direito de preferência!”, escreveu Bolton em uma das mensagens, de acordo com a acusação.

Os dois parentes mencionados na acusação são a esposa e a filha de Bolton, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto.

Questionado por repórteres na Casa Branca sobre a acusação contra Bolton na quinta-feira, Trump disse: “Ele é um cara mau.”

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