As vereadoras de São Paulo Amanda Vettorazzo (União Brasil) e Zoe Martínez (PL) apresentaram ações na Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo uma contra a outra após uma discussão em rede social sobre a PEC (proposta de emenda à Constituição) da Blindagem.
Na quarta-feira (17), após a aprovação pela Câmara dos Deputados, Amanda, ligada ao MBL, fez uma postagem crítica à medida, por restringir a prisão em flagrante de parlamentares e exigir aval do Legislativo para que o Judiciário inicie processo criminal.
A manifestação foi rebatida pela bolsonarista Zoe, que usou o argumento de que a proposta busca garantir a liberdade de expressão contra “perseguição política” do Supremo.
Zoe chamou a colega de “bandejão da municipalidade”, o que foi visto como uma referência sexual. Em outra postagem, escreveu que Amanda está “sempre mostrando os peitinhos e de vestidinho curtinho”.
Amanda, em resposta, se referiu à parlamentar do PL como “forasteira” —Zoe é cubana— e foi acusada de xenofobia.
A vereadora do MBL afirma na representação que a manifestação da rival não pode ser interpretada como mero exercício da liberdade de expressão.
“A vereadora Zoe Martínez afirmou que a vereadora Amanda Vettorazzo tem comportamento promíscuo, obsceno e despudorado”, diz. “Os insultos têm caráter libidinoso referem-se aos órgãos sexuais, buscando diminuí-la e profanar, desonrar, manchar e macular sua dignidade como mulher e como parlamentar.”
Já Zoe afirma que a desafeta fez uma série de ofensas direcionadas em razão da nacionalidade dela.
Na representação, ela afirma que “os comentários realizados pela vereadora Amanda Vettorazzo configuram claramente o crime de xenofobia, ultrapassando o limite da desavença política e invadiu a esfera pessoal da peticionária, razão pela qual tal conduta se torna incompatível com a dignidade do mandato parlamentar.”
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