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Frieze e Art Basel Paris: Feiras têm brasileiros de peso – 13/10/2025 – Plástico

O sol dos trópicos pode dar trégua às brumas do outono em Londres e Paris na retomada da temporada agora. Num mercado de arte nervoso no mundo todo, com uma retração expressiva no faturamento, as galerias brasileiras, vindas de um mercado mais isolado e que escapou dos abalos sísmicos globais, apostam alto na Frieze, em Londres, e na Art Basel Paris, que toma a capital francesa.

Essas duas metrópoles europeias são o front nesta semana e na próxima em que galeristas esperam sair da trincheira do cenário atual —e talvez o cessar-fogo em Gaza seja um lampejo de esperança que faça os super-ricos temerem menos enfiar a mão mais fundo no bolso.

Entre as mais ambiciosas, as paulistanas Galatea e Luisa Strina se juntaram para levar à Frieze uma seleção de obras clássicas de Cildo Meireles, um dos maiores artistas da história do país, avaliadas entre US$ 15 mil e US$ 750 mil, ou cerca de R$ 83 mil a R$ 4,1 milhões.

Também na feira do Regent’s Park, em Londres, a Almeida & Dale vai exibir um belo recorte da obra de Eleonore Koch, artista alemã radicada em São Paulo que parece estar mais em alta do que nunca. Seus estudos, desenhos e pinturas estarão à venda por valores na casa de US$ 15 mil a US$ 250 mil, ou cerca de R$ 83 mil a R$ 1,4 milhão.

Outras casas do país também marcam presença na Frieze, entre elas as paulistanas Nara Roesler, com uma seleção de obras de Alberto Pitta, destaque da atual Bienal de São Paulo, ofertadas por valores de US$ 5.000 a US$ 20 mil, ou R$ 28 mil a R$ 111 mil, a Fortes D’Aloia & Gabriel, com peças de Tadáskía na faixa dos US$ 40 mil, ou R$ 221 mil, a Mitre, com obras de Aline Motta entre € 4.000 e € 14 mil, ou R$ 26 mil a R$ 90 mil, e a carioca Portas Vilaseca, com várias peças do guatemalteco Antonio Pichillá, de US$ 6.500 a US$ 17,5 mil, ou R$ 36 mil a R$ 97 mil.

SÃO PAULO, MON AMOUR Do outro lado do Canal da Mancha, algumas dessas mesmas galerias levam à Art Basel Paris, no Grand Palais, uma seleção robusta de mais nomes em ascensão. A Fortes D’Aloia & Gabriel, noutra investida europeia, vai destacar uma série de artistas agora em cartaz na Bienal de São Paulo. São eles Antonio Társis, com instalações de US$ 40 mil, ou R$ 221 mil, Márcia Falcão, com pinturas de US$ 27 mil a US$ 35 mil, ou R$ 149 mil a R$ 194 mil, e da beninense Pélagie Gbaguidi, na faixa dos € 60 mil, ou R$ 384 mil.

Essa mesma casa tenta emplacar na feira parisiense outras peças de peso, entre elas uma obra de US$ 180 mil, ou R$ 995 mil, de Lygia Pape, agora em cartaz na Bourse de Commerce também na capital francesa, obras de Ivens Machado, destaque da temporada Brasil-França com uma mostra em Nîmes, no sul francês, nessa mesma faixa de valores, e uma peça de Ernesto Neto de US$ 80 mil, ou R$ 442 mil.

Também na seleção, fotografias da série de alta voltagem erótica de Maria Manoella e Mauro Restiffe, casal que se fotografou na intimidade do quarto para uma exposição que tem lotado a sede da galeria no bairro da Barra Funda —cada flagra a US$ 6.000, ou R$ 33 mil.

Já a galeria A Gentil Carioca tem trabalhos de alguns artistas que vêm voltando aos holofotes. Além de Arjan Martins, com uma tela de US$ 120 mil, ou R$ 664 mil, há obras de Laura Lima, na faixa dos US$ 60 mil, ou R$ 332 mil, e Renata Lucas, por US$ 54 mil, ou R$ 299 mil.

CABO DE GUERRA Depois que a Art Basel, o grande conglomerado suíço que domina as feiras de arte no mundo, anunciou mais um evento-satélite em Doha, sendo que já há braços em Basileia, Paris e Miami Beach, nos Estados Unidos, a rival britânica Frieze, enraizada em Londres e dona de eventos em Nova York, Los Angeles e Seul, acaba de fechar um acordo para fazer mais uma feira em Abu Dhabi.

O movimento desloca as brigas já consolidadas entre América do Norte, Europa e Ásia para uma novíssima arena, o Oriente Médio, onde os rivais Frieze e Art Basel, com apoio cada um das forças estatais de países do Golfo Pérsico movidos a petrodólares, agora fincam suas bandeiras. A Art Basel em Doha acontece em fevereiro do ano que vem, em paralelo à Frieze de Los Angeles, enquanto a Frieze na capital dos Emirados Árabes Unidos está marcada para novembro do ano que vem.


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