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Macron nomeia novo governo para tentar amenizar crise – 12/10/2025 – Mundo

O presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou neste domingo (12) o novo governo de seu primeiro-ministro de centro-direita, Sébastien Lecornu, no qual se destaca a entrada de funcionários com perfil técnico, em meio a uma crise política.

Macron formou o novo governo apenas uma semana depois do anterior, que durou somente 14 horas. Embora Lecornu, 39, tenha renunciado na segunda passada (6), o presidente renovou a confiança nele na última sexta-feira (10) para que continuasse no cargo.

Lecornu propôs ao presidente, para seu segundo gabinete de 34 membros, “uma mistura de sociedade civil com perfis experientes e jovens parlamentares”, a fim de “fazer surgir novos rostos”, segundo pessoas próximas a ele.

Entre as novidades estão a nomeação do prefeito de polícia de Paris, Laurent Nuñez, como ministro do Interior, e do chefe da companhia nacional de trens SNCF, Jean-Pierre Farandou, à frente do Ministério do Trabalho.

Nuñez substitui o conservador Bruno Retailleau, cujas críticas à composição do governo anterior precipitaram a renúncia de Lecornu e a crise da última semana.

Entre os novos ministros de perfil técnico também estão o alto funcionário Édouard Geffray (Educação Nacional) e a presidente da ONG ambientalista WWF, Monique Barbut (Transição Ecológica).

Do lado político, Lecornu mantém o chanceler Jean-Noël Barrot e o ministro da Economia, Roland Lescure, assim como figuras de peso como Gérald Darmanin (Justiça) e Rachida Dati (Cultura). A ministra Catherine Vautrin assume a Defesa.

A incógnita é se o novo governo conseguirá superar a moção de censura no Parlamento, que já derrubou em menos de um ano os predecessores de Lecornu: o conservador Michel Barnier e o centrista François Bayrou.

Marine Le Pen, de extrema direita, e seus aliados ameaçaram apresentar uma moção de censura, assim como a oposição de esquerda, com exceção dos socialistas, que preferem aguardar primeiro o discurso de política geral de Lecornu.

A principal missão do novo governo será apresentar rapidamente um orçamento para 2026 que obtenha maioria na Assembleia e permita equilibrar as contas públicas, cujo nível de endividamento alcançou em junho 115,6% do PIB.

A crise no país se arrasta desde que Macron tomou a fatídica decisão de dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições legislativas, em junho de 2024. À época, o presidente disse que era preciso deixar clara a vontade dos franceses, após o mau resultado de seu partido (Renascimento) nas eleições para o Parlamento Europeu.

Mas o resultado foi ainda mais confusão. A esquerda ficou com 193 deputados, o centro e a direita com 166 e a ultradireita com 142, todos longe da maioria absoluta de 289 necessária para aprovar leis.

Macron recusou-se a seguir a praxe e indicar o nome proposto pelo bloco com mais cadeiras, a esquerda, para o cargo de premiê, a economista Lucie Castets. A pretexto de aguardar o término dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Paris, procrastinou por dois meses, até indicar Michel Barnier.

Esquerda e ultradireita somaram seus votos para derrubar Barnier após apenas três meses no poder. O presidente nomeou, então, um veterano centrista, François Bayrou. Ele aguentou um pouco mais: nove meses, até ser, por sua vez, deposto por um voto de censura no Legislativo.

Macron recorreu a um aliado de longa data, o ministro da Defesa, Sébastien Lecornu. Depois de três semanas negociando a montagem de um ministério, Lecornu surpreendeu ao renunciar, com apenas 27 dias no cargo, mencionando falta de condições para governar.

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