Com duas bienais neste ano, uma de arquitetura e outra de arte, a Vila Mariana, na região sul de São Paulo, virou polo cultural da cidade. Além dos eventos temporários, o bairro também concentra prédios históricos, museus e galerias de arte.
No bairro onde nasceu e viveu Rita Lee, estão o MAC (Museu de Arte Contemporânea) e o MAM (Museu de Arte Moderna) —este último temporariamente fechado para reformas. Também ali se instalam o Museu Afro Brasil e a Cinemateca Brasileira.
Confira abaixo 11 endereços para conhecer no bairro.
Bienal de São Paulo
Chamada de “Viandante Anda Estradas – Da Humanidade como Prática”, a mostra reúne artistas com o objetivo de imaginar novas formas de existência humana. A curadoria é do camaronês Bonaventure Soh Bejeng Ndikung. Trata-se da principal mostra de arte do país, cujo circuito, neste ano, inspira-se no poema “Da Calma e do Silêncio”, da escritora mineira Conceição Evaristo.
Pavilhão Ciccillo Matarazzo – parque Ibirapuera – av. Pedro Álvares Cabral, s.n., portão 3. De ter. a sex., das 10h às 18h. Sáb., das 10h às 19h. Dom., das 10h às 18h. Até 11/1/2026. Grátis
Bienal de Arquitetura
Instalada na Oca do parque Ibirapuera, a mostra revela projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo. A edição deste ano do evento enfatiza obras que repensam o moradia resiliente, frente às mudanças climáticas. Com o tema “Extremos: Arquitetura para um Mundo Quente”, reúne 179 projetos com soluções para problemas como o superaquecimento da terra e a impermeabilização das grandes cidades.
Parque Ibirapuera – av. Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 2. De ter. a dom., das 10h às 20h. Até 19/10. Grátis
Casa Contemporânea
Instalado há 16 anos em um sobrado construído na década de 1940, é um espaço multidisciplinar para exposições sobre arte. Expõe e comercializa peças com visitação gratuita das obras. Neste mês, recebe a mostra “Corpo Cosmos”, com produção da artista visual Vera Pamplona (1947-2021), que aprofunda a relação do corpo, da condição feminina e seu lugar no mundo. Para isso, utiliza em suas pinturas abordagens formais e técnicas experimentais de tridimensionalidade.
R. Capitão Macedo, 370. De ter. a sex., das 14h às 18h; sáb., das 11h às 17h. Grátis @casacontemporanea370
Cinemateca Brasileira
Conserva o maior acervo de filmes de América do Sul. Restaurada, a edificação do século 19 recebe mostras de cinema brasileiro e internacional. Até 10 de outubro, exibe “Carta Branca ao Forum des Images: Diretoras Francesas Contemporâneas”, com títulos como “A Batalha de Solferino”, de Justine Triet, e “Saint Omer”, de Alice Diop. A mostra destaca produções dirigidas por cineastas francesas selecionadas por representantes dos dois países.
Largo Sen. Raul Cardoso, 207. De seg. a sex., das 8h às 18h (espaços públicos e jardins); salas de cinema abrem de acordo com a programação. @cinemateca.brasileira
Galeria Gare
Em um casarão na rua Cubatão, está no bairro desde 2003, quando foi fundada, como escola de arte, por Elias Muradi e Mila Thiele. Desde 2022, divide o espaço entre estudo da arte e as exposições. De 15 a 18 de outubro, recebe a exposição “Glosas”, com obras de Rubens Pontes. Serão apresentadas pinturas, esculturas, objetos e uma instalação feita com tecidos, vernizes, argila, cerâmica, madeira, cobre e poliestireno. A exposição faz referências à mitologia, à poesia e à história.
R. Cubatão, 959. Ter., das 14h às 17h; qua., das 14h às 17h e das 18h30 às 20h30; qui., das 18h30 às 20h30. (11) 97467-7176, @galeriagare
Galeria Karla Osorio
Fundada em Brasília, ganhou uma unidade na Vila Mariana em abril de 2025. No espaço, recebe exposições de artistas brasileiros e estrangeiros. Tem foco em geometria, minimalismo e poesia visual, além da pintura abstrata. Recebe até 8 de novembro a exposição “Lev(e)iatã”, da artista Selva de Carvalho. A mostra reúne obras em bordado inéditas, explorando desenhos e sombras, inspiradas na figura mítica do Leviatã.
R. França Pinto, 1.100, loja 1. De seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 17h. Entrada gratuita @galeriakarlaosorio
Galeria OMA
Nascida em São Bernardo do Campo, a galeria se estendeu para São Paulo, num espaço em que divulga obras de artistas jovens. Tem em cartaz a exposição “O Que Nos Tarde a Tarde”, da artista Carla Duncan. A mostra reúne pinturas que tratam sobre as mãos e o hábito de sentar-se à mesa para comer.
R. França Pinto, 1.100, loja 2. De qua. a sex., das 12h às 19h; sáb., das 10h às 15h. Grátis @omagaleria
Museu de Arte Contemporânea
Sediado em prédio desenhado por Oscar Niemeyer, reúne mais de 10 mil obras de arte contemporânea, coleção formada a partir de doações. Há ali obras de Pablo Picasso, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Alfredo Volpi. Realiza também exposições temporárias, como “O Que Temos em Comum?”, que traz pinturas abstratas produzidas entre 1940 e 1960, sob diferentes óticas do abstracionismo daquelas décadas.
Av. Pedro Álvares Cabral, 1.301. De ter. a dom., das 10h às 21h. Grátis @mac_usp
Museu Afro Brasil
No interior do parque Ibirapuera, o espaço ocupa 12 mil m² e abriga um acervo com mais de 8.000 obras que expõem a cultura africana e afro-brasileira. Os visitantes podem explorar a exposição de longa duração, que tem pinturas, esculturas, gravuras, desenhos e talhas contando a diversidade social, cultural e artística do continente africano. Outra opção é “Como a Terra Respira”, da artista paulista Isa do Rosário. Traz peças bordadas dedicas aos orixás, na qual apresenta um imaginário permeado de serpentes, rios e mantos. Fica em cartaz até 27 de dezembro.
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – acesso pelo portão 3. De ter. a dom., das 10h às 17h. Ingr.: R$ 15 (inteira) pelo site –grátis às quartas
Museu Lagar Segall
O espaço conserva, pesquisa e divulga a obra do pintor e gravurista judeu Lasar Segall (1889-1957). De origem lituana, o artista mudou-se para o Brasil em 1923, onde se tornou um dos primeiros modernistas a expor no país. O acervo abriga mais de 3.000 itens produzidos por Segall. Além das exposições, conta com sala de cinema, onde são exibidos títulos variados.
R. Berta, 111. De qua. a seg., das 11h às 19h. Grátis @museu_lasar_segall
Sesc Vila Mariana
Está com a exposição “Antípodas – Tão Distantes, Tão Próximos”, em razão dos 130 anos do Tratado de Amizade Brasil-Japão. Ela apresenta jovens artistas japoneses em obras que exploram tecnologia, arte e tradição. Tem peças interativas, como “P055E5510N”, do artista Jun Fujiki, que gera um avatar do visitante.
R. Pelotas, 141. De ter. a sex., das 10h às 21h30; sáb., das 10h às 20h; dom. e feriados, das 10h às 18h sesc.org.br
