
PATRÍCIA CAMPOS MELLO
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como banco do Brics, já aprovou US$ 6,3 bilhões em financiamento para 29 projetos no Brasil, informou neste sábado (5) a ex-presidente Dilma Rousseff, presidente do NDB, em coletiva ao final da reunião anual da instituição, realizada na véspera da cúpula do Brics. Segundo Dilma, desse valor, US$ 4 bilhões foram desembolsados -o que representa 18% do total.
No total, o banco aprovou US$ 40 bilhões em financiamentos desde que foi criado, em 2014, sendo que US$ 22,4 bilhões já foram desembolsados.
Dilma afirmou que uma das metas do banco é aumentar o volume de captação e financiamento em moedas locais, para reduzir exposição a câmbio e juros e fortalecer os mercados domésticos.
A presidente do NDB citou um projeto de modernização de infraestrutura da CPFL financiado em yuan, equivalente a US$ 200 milhões. E mencionou o memorando de entendimento assinado em julho entre o NDB e a subsidiária da State Grid no Brasil para construir uma linha de transmissão em estados do Nordeste, em valor equivalente a US$ 3 bilhões.
Segundo Dilma, as prioridades para os financiamentos são obras de infraestrutura e logística, inteligência artificial, data centers, hospitais inteligentes com IA e telemedicina e projetos para transição energética. A presidente do NDB falou sobre o projeto de hospital inteligente em São Paulo financiado pelo banco, que inclui know how chinês.
A presidente anunciou a aprovação da entrada da Colômbia e do Uzbequistão no banco, que passa a contar com 11 membros -além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tornaram-se integrantes os Emirados Árabes Unidos, Bangladesh, Egito e Argélia.
Segundo Dilma, a expansão do número de membros visa a aumentar a representatividade do Sul Global. O NDB possui atualmente uma carteira de projetos no Brasil de R$ 2,3 bilhões.