Alvo de seu partido por decidir permanecer no governo Lula (PT), o ministro Celso Sabino (Turismo), do União Brasil do Pará, reassumiu temporariamente nesta quarta-feira (8) o mandato de deputado federal para votar a favor da medida provisória de aumento de impostos.
A Câmara dos Deputados impôs uma derrota ao governo e retirou de pauta a MP. Na prática, a decisão enterra de vez a medida, importante para sustentar a arrecadação e reduzir despesas obrigatórias em 2026, ano eleitoral.
Um requerimento de retirada de pauta foi aprovado por 251 votos a 193. A votação ocorreu no último dia de vigência da MP, que agora perderá validade.
O partido de Sabino foi um dos que liderou a derrota ao governo. Apenas 5 deputados da legenda, que tem 59 cadeiras, votou a favor da MP.
Entre eles dois ex-ministros de Lula, Juscelino Filho (MA) e Daniela Waguinho (RJ).
Ao ver o resultado da derrota, Sabino ficou com semblante sério, em meio aos gritos de comemoração da oposição.
A derrota veio mesmo após o governo fazer uma série de concessões na tentativa de ampliar o apoio à medida, o que incluiu poupar as bets (casas de apostas) do aumento na tributação proposto inicialmente e manter a isenção sobre rendimentos de títulos imobiliários e do agronegócio.
Também nesta quarta, o comando nacional do União Brasil decidiu punir Celso Sabino em função da permanência dele no governo Lula, apesar de a ala ligada ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), manter a participação no governo sem ameaça de punição.
A legenda abiu um processo de expulsão, com envio do caso ao Conselho de Ética, para análise em 60 dias; dissolveu o diretório do Pará, controlado por Sabino; e afastou-o de toda atividade partidária. Ele era integrante da executiva nacional e do diretório nacional.
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