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Caso Epstein: Suprema Corte EUA rejeita recurso de Maxwell – 06/10/2025 – Mundo

A Suprema Corte dos Estados Unidos recusou, nesta segunda-feira (6), analisar um recurso apresentado por Ghislaine Maxwell que tentava anular sua condenação no caso de Jeffrey Epstein, seu ex-namorado condenado por crimes sexuais.

Maxwell cumpre pena de 20 anos por ter sido considerada culpada, em 2021, de ajudar o magnata a abusar sexualmente de adolescentes.

Os advogados argumentam que a condenação de Maxwell é inválida porque um acordo firmado em 2007 entre Epstein e promotores federais na Flórida também protegeria seus associados, o que deveria ter impedido a abertura do processo contra ela em Nova York.

Promotores federais afirmaram que ela era responsável por recrutar e preparar meninas para encontros sexuais com Epstein entre 1994 e 2004. Epstein se suicidou na prisão em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual.

A Suprema Corte tem maioria conservadora de 6 a 3, incluindo três juízes nomeados por Trump. O caso é politicamente explosivo: o presidente vive uma de suas piores crises com sua base política e vem sendo pressionado divulgar mais informações sobre a investigação de Epstein.

O governo Trump recuou da promessa de tornar público novos documentos sobre o caso, provocando indignação entre seus apoiadores mais fiéis. O escândalo tem sido combustível para teorias da conspiração há anos, dada a lista de amigos poderosos de Epstein, incluindo o próprio Trump, e as circunstâncias de sua morte.

Maxwell teve seu pedido recusado em instâncias inferiores e pela Corte de Apelações do 2º Circuito dos EUA, com sede em Nova York.

Em julho, o procurador-geral adjunto dos EUA e ex-advogado pessoal de Trump, Todd Blanche, se reuniu com Maxwell, enquanto o presidente tentava conter críticas vindas de sua base conservadora e de democratas no Congresso.

Na ocasião, ela disse que não tinha conhecimento de nenhuma “lista de clientes” pertencente a Epstein e que nunca viu Trump se comportar de forma inapropriada, segundo a transcrição da entrevista.

Uma semana após a conversa, Maxwell foi transferida de uma prisão de segurança mínima na Flórida para um centro prisional menos restritivo no Texas.

Trump conheceu Epstein na década de 1990 e início dos anos 2000. Durante o julgamento de Maxwell, o piloto de longa data do financista, Lawrence Visoski, afirmou que Trump voou no avião particular de Epstein diversas vezes, o que Trump nega. Na entrevista a Blanche, Maxwell disse que o republicano “sempre foi muito cordial e gentil” com ela. “E eu só quero dizer que admiro sua extraordinária conquista em se tornar presidente agora”, afirmou.

O Departamento de Justiça, sob comando de Pam Bondi, afirmou anteriormente que não encontrou evidências de acusações adicionais além daquelas já feitas contra Epstein e Maxwell, e que o magnata cometeu suicídio.

O diretor do FBI, Kash Patel, declarou em depoimento ao Congresso em 16 de setembro que não havia informações credíveis de que Epstein tenha traficado mulheres e meninas menores de idade para outras pessoas além dele próprio.

Deputados democratas do Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos divulgaram em setembro uma cópia do que seria uma carta de Trump a Epstein. O jornal americano Wall Street Journal já havia revelado a existência da carta em julho deste ano, ao detalhar que o bilhete faz parte de um álbum comemorativo organizado por Maxwell.

Após a publicação do Wall Street Journal, o presidente negou ser o autor do conteúdo. “Não sou eu. É uma coisa falsa. É uma história falsa do jornal”, disse ele. “Não desenho mulheres”, acrescentou. “Não é a minha linguagem. Não são as minhas palavras.” Trump processou o jornal, como afirmou que o faria.

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