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Venezuela cita suposto plano de ataque à embaixada dos EUA – 06/10/2025 – Mundo

A Venezuela afirmou nesta segunda-feira (6) que foi descoberto um suposto plano de extremistas de colocar explosivos na embaixada dos Estados Unidos em Caracas, em meio à crescente tensão entre os países diante da mobilização militar de Washington no Caribe.

“Mediante uma operação de falsa bandeira preparada por setores extremistas da direita local, tentou-se colocar explosivos letais na embaixada dos EUA”, afirmou o chefe da delegação venezuelana para o diálogo com os EUA, Jorge Rodríguez, em comunicado.

As relações diplomáticas entre Venezuela e Estados Unidos estão rompidas desde 2019; desde então, a embaixada opera com quadro reduzido. “Reforçamos as medidas de segurança em tal sede diplomática, que nosso governo respeita e protege”, declarou Rodríguez.

No domingo (5), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que forças americanas haviam atingido na noite anterior outra embarcação que supostamente carregava drogas ilegais na costa da Venezuela. Segundo Trump, Washington também começará a mirar o tráfico terrestre.

Trump fez a declaração durante um discurso na Estação Naval de Norfolk, ao lado do porta-aviões Harry S. Truman. Não ficou claro, no entanto, se ele se referia a um ataque anunciado na sexta-feira pelo secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth.

O ataque de sexta matou quatro pessoas e foi o quarto do tipo em um mês. As ofensivas são parte de uma estratégia controversa anunciada por Trump para combater cartéis de drogas na região que tem sido criticada pela comunidade internacional e por organizações que atuam com direitos humanos.

Segundo a Casa Branca, ao menos 21 pessoas morreram nos quatro ataques realizados até agora.

O presidente dos EUA informou ao Congresso no dia 2 que considera o país em “conflito armado não internacional” contra cartéis, uma definição questionada sob o ponto de vista legal e que, segundo especialistas, reforça a tentativa trumpista de consolidar poder reservado a períodos de guerra.

Tradicionalmente, operações antidrogas no mar eram conduzidas pela Guarda Costeira, órgão policial marítimo, não pelas Forças Armadas. Washington acusa o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar uma rede de tráfico de drogas, o Cartel de los Soles, cuja existência é negada por especialistas.

Os EUA oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 273 milhões) pela captura de Maduro.

O governo Trump invoca a legislação que os EUA aprovaram após os atentados de 11 de setembro de 2001 e que, em sua interpretação, permite tais ataques em águas internacionais. Ações letais fora do território americano têm sido utilizadas regularmente por governos republicanos e democratas nas últimas décadas, e também por outros países, como no combate à pirataria no Golfo de Áden.

Em setembro, após os primeiros ataques, Maduro chegou a oferecer ajuda a Washington para capturar líderes do cartel de drogas Tren de Aragua, num gesto que fez parte de esforço para restabelecer conversas com Trump.

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