No início de setembro, durante a Cúpula de “Organização de Cooperação de Xangai Plus” em Tianjin, o presidente da China, Xi Jinping, apresentou pela primeira vez a Iniciativa Global de Governança.
Este é mais um importante bem público que a China oferece ao mundo, seguindo a Iniciativa Global de Desenvolvimento, a Iniciativa Global de Segurança e a Iniciativa Global de Civilização, fornecendo uma solução chinesa para a manutenção da ordem internacional e o aperfeiçoamento da governança global no atual mundo turbulento.
A Iniciativa Global de Governança chega em um momento oportuno. Há 80 anos, a fundação das Nações Unidas abriu uma nova página na história da governança global. Hoje, 80 anos depois, o mundo entrou em um novo período de instabilidade e transformação, e a governança global encontra-se em uma nova encruzilhada.
Por um lado, a tendência histórica de paz, desenvolvimento, cooperação e ganho mútuo não mudou. Por outro lado, a mentalidade da Guerra Fria, o hegemonismo e o protecionismo persistem, enquanto novas ameaças e desafios continuam a surgir.
O atual sistema internacional enfrenta deficiências como a grave sub-representação do Sul Global, a erosão da sua autoridade e a necessidade urgente de aumentar a sua eficácia. No 80º aniversário da fundação da ONU, a humanidade se depara mais uma vez com a escolha entre paz e guerra, diálogo e confronto, ganho mútuo e soma zero.
A Iniciativa Global de Governança proposta pelo presidente Xi Jinping responde sistematicamente às questões de “quem governa, como governa e para quem governa”, alinhando-se com as aspirações comuns de todos os povos e injetando um forte impulso para o desenvolvimento de um sistema de governança global mais justo e equitativo.
A Iniciativa Global de Governança indicou o rumo. A iniciativa propõe cinco conceitos centrais: a busca da igualdade soberana, a observação do Estado de Direito internacional, a prática do multilateralismo, a defesa de uma abordagem centrada em pessoas e o foco na orientação para a ação. Essas ideias respondem aos anseios do Sul Global por paz, desenvolvimento e cooperação, e atendem à necessidade premente de aperfeiçoar a governança global e corrigir injustiças históricas.
Dentre eles, a igualdade soberana é o pré-requisito fundamental da governança global, o Estado de Direito internacional é a sua garantia essencial, o multilateralismo é o seu caminho básico, a abordagem centrada nas pessoas é a sua orientação de valor, e a orientação para a ação é o seu princípio crucial.
Reformar e aperfeiçoar a governança global não significa derrubar a ordem internacional existente nem criar um novo sistema fora do atual, mas sim fortalecer a eficácia do sistema e dos mecanismos internacionais vigentes, para que se adaptem melhor às mudanças atuais, respondam de forma mais oportuna e eficaz aos desafios globais e sirvam melhor aos interesses de todos os países, especialmente os países em desenvolvimento.
A Iniciativa Global de Governança demonstra responsabilidade. Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a China tem cumprido ativamente com as suas devidas responsabilidades internacionais. Anteriormente, o presidente Xi Jinping propôs sucessivamente a Iniciativa Global de Desenvolvimento, a Iniciativa Global de Segurança e a Iniciativa Global de Civilização, conclamando todos os países a construírem conjuntamente uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade e um mundo de paz duradoura, segurança universal, prosperidade comum, abertura, inclusão, limpeza e beleza.
As quatro iniciativas globais têm focos distintos, mas são paralelas e complementares, injetando estabilidade e certeza no mundo a partir das quatro dimensões do desenvolvimento, segurança, civilização e governança, o que demonstra o senso de responsabilidade da China nos assuntos internacionais.
Diante de um mundo de mudanças e instabilidade, a China continuará do lado certo da história, do lado do progresso humano e do lado do multilateralismo, defendendo a unidade em vez da divisão e a cooperação em vez do confronto.
A China manterá o princípio de governança global de consulta ampla, contribuição conjunta e benefícios compartilhados, fortalecendo a coordenação e a comunicação com todas as partes para implementar conjuntamente a Iniciativa Global de Governança e construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.
Um grande caminho não é solitário; a jornada se faz com muitos parceiros.
Como os maiores países em desenvolvimento nos hemisférios oriental e ocidental, membros do Brics e importantes representantes do Sul Global, a China está disposta a assumir, juntamente com o Brasil, as responsabilidades da nossa era, fortalecendo a coordenação e a cooperação, defendendo inequivocamente o multilateralismo e aperfeiçoando constantemente a governança global, a fim de contribuir com a força sino-brasileira para a construção de uma ordem internacional mais justa e equitativa.