O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reuniu mais de 800 oficiais-generais nesta terça-feira (30), em um evento considerado inédito na história moderna do país. Ao lado do secretário Pete Hegseth (cujo Departamento da Defesa deve virar “da Guerra”), Trump apresentou um plano de enquadramento militar à ideologia de turno na Casa Branca.
As exigências tratam de temas que vão bem além do comportamento —Hegseth disse ser inaceitável ver “generais gordos” e anunciou o veto ao uso de barba no serviço militar. O secretário afirmou que os descontentes devem pedir demissão e defendeu afastamentos recentes na cúpula, atribuídos a questões políticas e ideológicas.
Trump sugeriu que o que ele chamou de “cidades inseguras” devem se tornar campos de treinamento, em referência a intervenções feitas a mando da Casa Branca em cidades como Washington. O conjunto de ações demonstra o momento de intensificação da ingerência ideológica trumpista no aparato de segurança dos EUA, que atinge também outras agências, como o FBI, onde funcionários denunciam uma caça às bruxas.
O Café da Manhã desta quarta-feira (1º) discute o aparelhamento que Trump faz das Forças Armadas e de segurança. O repórter da Folha Igor Gielow explica como isso pode mudar a atuação dos militares americanos e analisa de que forma esses movimentos entram no projeto autoritário de Trump.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon. A produção é de Gustavo Luiz, Laura Lewer e Raphael Concli. A edição de som é de Raphael Concli.