22.5 C
Nova Iorque
domingo, setembro 28, 2025
No menu items!

Buy now

spot_img
No menu items!

Venezuela realiza simulação militar em reação aos EUA – 28/09/2025 – Mundo

A Venezuela realizou neste sábado (27) novos exercícios militares e uma simulação para atender emergências, em meio ao temor de uma eventual invasão dos Estados Unidos, que posicionou uma flotilha armada no Caribe.

A mobilização se soma a outros movimentos de tropas e alistamento de civis na reserva militar, que receberam treinamento em quartéis e nas comunidades populares.

O regime de Nicolás Maduro vê a presença militar americana no sul do Caribe como uma ameaça para o país. Já segundo os Estados Unidos, oito navios de guerra e um submarino de propulsão nuclear foram enviados à região para combater o tráfico de drogas.

Washington disse que, nas últimas semanas, destruiu pelo menos três embarcações supostamente carregadas com drogas vindas da Venezuela com um saldo de 14 mortos. A ação foi descrita como “execução extrajudicial” por especialistas da ONU.

De acordo com o canal de TV americano NBC, líderes militares dos Estados Unidos estão elaborando opções para atacar traficantes de drogas dentro da Venezuela.

Maduro disse que tem um decreto pronto para declarar um estado de exceção, um instrumento constitucional para o caso o país seja agredido.

Seu chanceler, Yván Gil, afirmou que se reuniu com o secretário-geral da ONU, António Guterres.

Segundo o canal do ministro venezuelano no Telegram, Guterres disse que considera injustificada e inaceitável a ameaça militar dos Estados Unidos no Caribe, uma ação que viola a Carta da ONU e coloca em risco a estabilidade e a soberania de toda a região.

A simulação deste sábado foi planejada para enfrentar desde um terremoto e um tsunami até um conflito bélico, segundo um documento oficial. Cerca de 400 centros de treinamento foram habilitados.

Os primeiros exercícios da manhã se concentraram em atender emergências sísmicas, depois que o país registrou esta semana uma série de tremores, entre eles dois com magnitudes 6,2 e 6,3.

Funcionários da Defesa Civil compareceram a escolas para dar palestras sobre os protocolos em caso de um terremoto.

O objetivo, afirmou Richard Carpio, um funcionário público de 57 anos, é que, diante de qualquer evento que possa ocorrer no país, todo o mundo saiba o que precisa fazer.

“Somos um país de paz, não queremos nenhum tipo de guerra, nenhum tipo de intervenção”, disse ele à agência de notícias AFP.

Na escola Mariano Picón Salas do gigantesco complexo de comunidades de Petare, a simulação começou depois que um funcionário da Defesa Civil disse que havia um tremor. Em seguida, começaram a sair cerca de 300 pessoas, incluídos muitos idosos, em fila: uma mão tocando o ombro do companheiro e a outra protegendo a cabeça.

Na avenida ao lado, muitos não tinham conhecimento da simulação. Isso também ocorreu em outros pontos de Caracas, onde o dia transcorria com normalidade.

O treino se repetiu em outras escolas e espaços públicos da Venezuela, segundo imagens da emissora VTV. Funcionários da Defesa Civil levavam macas até ambulâncias, rastejavam pelo chão para demonstrar como se mover em locais restritos e verificavam sinais vitais.

O plano do regime para um conflito bélico contempla a preparação de refúgios e protocolos de evacuação.

Além disso, a Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela (FANB) divulgou imagens de exercícios militares em estados com litoral no Mar do Caribe.

Sofisticados mísseis antiaéreos Pechora, de fabricação russa, foram enviados para Cabo de San Román, na península de Paraguaná (noroeste), a cerca de 27 km de Aruba. Os militares dispararam canhões em direção ao mar e desembarcaram veículos anfíbios de um fragata que foram transferidos para terra.

Os militares concluíram exercícios de ocupação de zonas costeiras em Isla de Patos, ponto fronteiriço com Trinidad e Tobago, com helicópteros e paraquedistas.

A FANB também publicou nas redes imagens de exercícios de militares nos quais realizavam disparos de artilharia e fuzis.

A prefeita de Caracas, Carmen Meléndez, indicou mais cedo que civis compareceram ao forte militar Tiuna para aprender a usar armas. “Se tivermos que passar para a luta armada, estejamos preparados”, disse.

Related Articles

Stay Connected

0FansLike
0FollowersFollow
0SubscribersSubscribe
- Advertisement -spot_img

Latest Articles