Vice-prefeito de São Paulo, o coronel Mello Araújo (PL) rejeita a pecha de despreparado e se diz pronto para assumir a administração da cidade caso Ricardo Nunes (MDB) resolva concorrer ao governo em 2026.
Nunes só deverá entrar na disputa se Tarcísio de Freitas (Republicanos) concorrer à Presidência da República. Neste caso, o emedebista terá que deixar a prefeitura em abril do ano que vem.
“Se, porventura, o prefeito sair candidato, não tem dificuldade, eu sei fazer gestão. Eu fiz a vida inteira a boa política”, afirma Mello, que comandou o Ceagesp no governo Jair Bolsonaro (PL).
“Quantas vezes fiz reunião com a comunidade? Isso a gente sabe fazer. O que a gente não faz é coisa errada. Dizer que não existe corrupção é mentira, mas vão se deparar com um prefeito que não deixa e que vai fechar a torneira”, prosseguiu o vice de Nunes.
Como o Painel adiantou, se Nunes renunciar para disputar a eleição, o atual secretariado deverá ser mantido.
A medida funcionaria como uma espécie de seguro na gestão Mello, que é visto como voluntarista e imprevisível, segundo um interlocutor do prefeito. Araújo, no entanto, demonstra irritação quanto a alguns comentários sobre a sua inexperiência.
“Eu ouço a imprensa dizer que, se o prefeito sair para governador, o problema é o vice, que não tem traquejo político. Já ouvi o pessoal dizer que fica arrepiado só de imaginar, se eu assumir”, diz Mello.
“Não tenho traquejo para negociar assuntos não republicanos. Não vou liberar emendas exorbitantes”, prosseguiu o vice.
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