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Coreia do Norte está terminando novo míssil, diz Sul – 26/09/2025 – Mundo

Um dia após o presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, afirmar que seu vizinho do Norte está nos estágios finais do desenvolvimento de um míssil que poderia atingir os Estados Unidos, militares sul-coreanos dispararam tiros de advertência contra um navio de Pyongyang, nesta sexta (26).

O incidente ocorreu por volta das 5h locais (20h de quinta, 25, no Brasil), segundo Seul, após um navio mercante da Coreia do Norte cruzar a fronteira marítima que separa os dois países adversários, conhecida como Linha Limite Norte, a noroeste da Ilha de Baengnyeong.

“Nossas forças emitiram alertas de rádio e dispararam tiros de advertência, após os quais o navio se retirou para além de nossas águas”, afirmaram as Forças Armadas da Coreia do Sul em um comunicado. A tensão ocorre dois dias após a Coreia do Norte realizar exercícios com fogo real perto do mesmo local.

Na véspera, Lee afirmou, durante uma visita à Bolsa de Valores de Nova York, para onde viajou para a Assembleia-Geral da ONU, que Pyongyang pode estar perto de concluir um míssil balístico intercontinental capaz de atingir os EUA com ogivas nucleares.

“Seja para ganhar vantagem nas negociações com os EUA ou para proteger seu próprio regime, a Coreia do Norte continua desenvolvendo mísseis balísticos intercontinentais capazes de lançar bombas nucleares nos EUA”, alertou Lee Jae-myung. “Parece que ainda não o alcançou, mas diz-se que está nos estágios finais, faltando apenas desenvolver a tecnologia de reentrada, e parece que também o alcançará.”

O presidente sul-coreano afirmou ainda que seu vizinho está produzindo material suficiente para “entre 15 e 20 bombas nucleares adicionais a cada ano”. “Se não for controlado, o número de bombas nucleares continuará a aumentar a cada ano, e seus mísseis balísticos intercontinentais se tornarão cada vez mais avançados”, completou.

Seul e Pyongyang permanecem tecnicamente em guerra desde a Guerra da Coreia (1950-1953), uma vez que o conflito terminou com um armistício, não com um tratado de paz. A tensão entre os dois países, porém, tem aumentado nos últimos anos.

Em outubro do ano passado, por exemplo, o Norte definiu a vizinha do Sul como um “Estado hostil”, seguindo um pedido do ditador Kim Jong-un. A medida enfraqueceu um acordo de 1991 que dava à relação entre os dois países um status especial, sendo controlada por órgãos específicos que vislumbravam uma futura reunificação pacífica da península.

Seul e seus aliados ocidentais nunca conseguiram deter o programa nuclear do Norte, que o país insiste em manter. Pyongyang está sob sanções da ONU e embargos de armas desde seu primeiro teste nuclear, em 2006. Embora as punições tenham reduzido o financiamento da ditadura para o desenvolvimento militar, a nação continuou avançando na construção de armas nucleares e poderosos mísseis balísticos.

O presidente Lee, que assumiu o cargo em junho, prometeu adotar uma abordagem mais moderada em relação ao vizinho. Na terça-feira (23), por exemplo, durante seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, o líder disse que trabalharia para acabar com o “ciclo vicioso” de tensões com Pyongyang, ao mesmo tempo em que prometeu não buscar uma mudança de regime.

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