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Tem fenômenos que surgem na internet e demandam que a gente os olhe nos olhos e diga: “Não é para mim, e tudo bem”. Foi o que aconteceu comigo e “O Verão que Mudou a Minha Vida”, do Prime Video.
Enroscos amorosos de adolescentes não estão na minha dieta televisiva há um tempo, e nem os apelos de amigas no WhatsApp foram capazes de me convencer a dar uma chance para Belly (Lola Tung) e seus dois potenciais namorados, Conrad (Christopher Briney), que parece um Leonardo Di Caprio assado na airfryer, e Jeremiah (Gavin Casalegno), que deve ser o menos interessante, pois o algoritmo das redes nunca me mostra a cara dele.
Felizmente, os Jovens da Folha (patente pendente) explicam um pouco mais do que faz essa história agitar mulheres adultas:
Nesta semana, trago outras séries e filmes com triângulos amorosos adolescentes para assistir em casa.
Dawson’s Creek (1998-2003)
Sony One. Seis temporadas, 128 episódios.
Este sim é o polígono amoroso que me vem à mente quando penso em séries adolescentes. No seriado criado por Kevin Williamson (da franquia “Pânico”), o aspirante a cineasta Dawson Leery (James van der Beek) se vê dividido entre a melhor amiga de infância, Joey (Katie Holmes), e a nova vizinha, a rebelde Jen (Michelle Williams). Ao longo dos anos, o melhor amigo de Dawson, Pacey (Joshua Jackson), desponta como rival romântico (muito superior, devo dizer) na disputa pelo coração de Joey.
Um pouco difícil de achar no streaming —o serviço Sony One pode ser assinado por dentro do Prime Video—, o seriado é um teste de paciência para o espectador, com seus diálogos exageradamente palavrosos (e frequentemente incorretos).
A Saga Crepúsculo (2008-12)
Crepúsculo (2008). Twilight, 122 min. A Saga Crepúsculo: Lua Nova (2009). The Twilight Saga: New Moon, 131 min. A Saga Crepúsculo: Eclipse (2010). The Twilight Saga: Eclipse, 124 min. A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1 (2011). The Twilight Saga: Breaking Dawn – Part 1, 117 min. A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2 (2011). The Twilight Saga: Breaking Dawn – Part 2, 115 min. Todos os filmes disponíveis em Netflix, Prime Video e Telecine.
O maior “ship”* de todos os “ships”! Dividiu milhares de adolescentes (e adultos) em dois campos, o #teamEdward e o #teamJacob. Edward (Robert Pattinson) e Jacob (Taylor Lautner) são os dois rapazes que disputam o afeto de Bella (Kristen Stewart) ao longo da série de filmes que foi sucesso estrondoso de bilheteria. Ah, e o primeiro é um vampiro, enquanto o segundo é um lobisomem.
* Termo derivado de “relationship”, descreve a torcida, entre fãs, por um determinado relacionamento —romântico e/ou sexual— entre personagens ou pessoas reais. Originado nos fóruns de discussão sobre “Arquivo X”, nos anos 90.
All American: Novos Começos (2022-24)
All American Homecoming. HBO Max, três temporadas, 41 episódios.
Spin off de “All American” (2018- ) centrado na personagem Simone Hicks (Geffri Maya), jovem tenista que deixa Los Angeles e vai estudar em uma HBCU (universidade historicamente negra, na sigla em inglês) em Atlanta. Na mudança, ela deixa um namorado para trás, e ao longo da faculdade arranja dois novos interesses amorosos: Damon Sims (Peyton Alex Smith) e Lando Johnson (Martin Bobb-Semple).
Disney+, três temporadas, 28 episódios.
Outro spin off, este do filme “Love, Simon” (2018, Disney+). Recém-chegado à Creekwood High School, em Atlanta, o jovem Victor (Michael Cimino, o ator, não o diretor de “O Franco Atirador”) encara a descoberta de sua sexualidade em meio aos outros desafios do ensino médio. A partir da segunda temporada, ele ganha dois potenciais namorados, Benji (George Sear) e Rahim (Anthony Keyvan).
Never Have I Ever. Netflix, três temporadas, 40 episódios.
Depois da morte repentina de seu pai, Devi Vishwakumar (Maitreyi Ramakrishnan), uma garota indo-americana de 15 anos, tem ainda mais dificuldades em sua vida social. Isso não a impede de sonhar em perder a virgindade com o garoto mais bonito da escola, Paxton Hall-Yoshida (Darren Barnett, herdeiro da longa tradição de adolescentes de televisão que na verdade têm idade para se candidatar a governador). No caminho desse sonho surge o maior inimigo de Devi, Ben (Jaren Lewis), que aos poucos revela ser mais que o garoto mimado e competitivo que parecia ser.
Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você (2020)
To All the Boys: P.S. I Still Love You. Netflix, 102 min.
Baseado no segundo volume da série literária de Jenny Han (também autora dos livros de “O Verão que Mudou a Minha Vida”), dá continuação à história de Lara Jean (Lana Condor), que no primeiro filme (“Para Todos os Garotos que Amei”, 2018, Netflix) tem suas cartas de amor enviadas a seus ex-crushes. Um deles, Peter Kavinsky (Noah Centineo), agora é seu namorado, mas outro dos destinatários —John Ambrose (Jordan Fisher)— ressurge em sua vida interessado em retomar a amizade e algo mais.
Challengers. Prime Video, 132 min.
Mais adulto que os demais itens desta lista, mas vou considerar porque começa com os vértices do triângulo ainda na adolescência. Tashi (Zendaya) é um jovem fenômeno do tênis dentro das quadras e fora delas, cheia de vitórias e glamour. Ela logo se torna objeto de desejo de dois melhores amigos, o bonzinho Art Donaldson (Mike Faist) e o ambicioso Patrick Zweig (Josh O’Connor), e os três passam anos nessa tensão. Definitivamente o melhor filme que Luca Guadagnino lançou no ano passado (buuuu, “Queer”, buuuuu!).
O que está chegando
As novidades nas principais plataformas de streaming
Desobedientes
Wayward. Netflix, oito episódios.
Minissérie criada por Mae Martin —comediante canadense que também estrelou a simpática “Feel Good”, da Netflix—, conta a história de uma misteriosa instituição para “jovens problemáticos”. Logo após se mudar para Tall Pines, Vermont, com a esposa, Laura (Sarah Gadon), o policial Alex Dempsey (Martin) começa a investigar o que se passa na escola, comandada com mão de ferro por Evelyn Wade (Toni Collette).
House Of Guinness
Netflix. Primeira temporada, oito episódios.
O trailer dá a entender que a série, inspirada em uma história real, é uma espécie de “Succession” da cerveja. Após a morte do patriarca sir Benjamin Guinness, seus quatro filhos, Arthur (Anthony Boyle), Edward (Louis Partridge), Anne (Emily Fairn) e Ben (Fionn O’Shea), disputam o comando da poderosa cervejaria, famosa por sua bebida escura e de espuma densa.
Um É Pouco, Dois É Bom (1970)
Estreia nesta sexta (26) no IC Play, 90 min.
Filme de Odilon Lopes, um dos primeiros diretores negros do cinema brasileiro, recém-restaurado em 4K. Conta duas histórias separadas, uma de um casal cuja vida não sai como o planejado, outra de dois batedores de carteira que voltam aos pequenos roubos no centro de Porto Alegre depois de sair da cadeia.
Materialists. Chega à HBO Max nesta sexta (26), 116 min.
Segunda incursão cinematográfica de Celine Song, dramaturga por trás do indicado ao Oscar “Vidas Passadas”. No novo filme, Dakota Johnson interpreta Lucy, uma casamenteira que se encontra em um triângulo amoroso entre um ricaço aparentemente perfeito, Harry (Pedro Pascal), e um ex com quem tem uma história complicada, John (Chris Evans).
Meu Querido Nêmesis
Geunomeun Heugyeomnyong. Viki, dez episódios.
Como parte da comemoração do K-Drama Day, o serviço de streaming especializado Viki oferece uma porção de séries grátis de sexta (26) a terça (30). Esta conta a história da colegial Su Jeong (Mun Ka Young), que faz amizade com um rapaz por meio de um jogo online. Ao se encontrarem, porém, descobre que ele ainda está no ensino fundamental. Anos depois, Su Jeong tem um emprego corporativo importante em uma loja de departamentos, quando chega o filho do chefe para atrapalhar a sua vida: Ban Ju Yeon (Choi Hyun Wook). Adivinha se ele não é o garotinho do jogo?
Veja antes que seja tarde
Uma dica de filme ou série que sairá em breve das plataformas de streaming
Chicago (2002)
Deixa a Netflix em 16.out, 113 min.
Ganhador do Oscar de melhor filme em 2002, adapta às telas o musical de John Kander e Fred Ebb de 1975. Roxie Hart (Renée Zellweger) e Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones) são duas assassinas que aguardam julgamento na mesma cela, na Chicago dos anos 1920 —o musical é derivado de uma peça de teatro inspirada em uma história real.
