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Itália envia fragata para auxiliar flotilha que vai a Gaza – 25/09/2025 – Mundo

A Itália e a Espanha enviarão barcos da Marinha para auxiliar a Global Sumud Flotilla, composta por cerca de 50 embarcações civis que tentam romper o bloqueio naval israelense a Gaza.

Segundo anúncio do Ministério da Defesa italiano nesta quinta-feira (25), a embarcação não terá funções de escolta, mas servirá para possíveis operações de resgate, com foco principalmente em cidadãos italianos.

O governo italiano enviou a fragata Fasan na quarta (24), após a flotilha anunciar ter sido alvo de drones a caminho de Gaza. Ninguém ficou ferido no ataque à flotilha, mas algumas embarcações sofreram danos, de acordo com seus organizadores. Muitos advogados e ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, estão a bordo.

“Não é um ato de guerra, não é uma provocação: é um ato de humanidade, que é um dever do Estado em relação a seus cidadãos”, disse o ministro da Defesa, Guido Crosetto, ao justificar a decisão.

A Espanha também anunciou nesta o envio de um navio de guerra para ajudar a flotilha, num movimento sem precedentes por parte de governos europeus.

Tentativas anteriores de ativistas de romper o bloqueio naval de Gaza foram impedidas pelo Exército israelense. Tel Aviv acusa os integrantes da flotilha de cumplicidade com o grupo terrorista Hamas. O Ministério de Relações Exteriores de Israel realizou uma entrevista coletiva nesta quinta (25), quase ao mesmo tempo em que o líder palestino Mahmoud Abbas discursou na Assembleia-Geral da ONU, afirmando que realizou uma investigação segundo a qual há elo entre os ativistas e membros da facção palestina.

O governo israelense afirmou que fez a investigação por meio de open source (“dados abertos”) de grupos de Telegram de administradores de grupos da flotilha. “A investigação vinculou perfis anônimos a identidades reais, incluindo nomes verdadeiros, contas em redes sociais e outros elementos”, disse a pasta.

O governo italiano instou a flotilha a entregar seus suprimentos de ajuda humanitária para Gaza e permitir que sejam distribuídos pela Igreja Católica local, como forma de evitar novos riscos após as embarcações terem sido atacadas por drones durante a noite.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse que a proposta de Roma era entregar a ajuda humanitária em Chipre ao Patriarcado Latino de Jerusalém, que então a distribuiria.

Meloni criticou a iniciativa da flotilha, chamando-a de “gratuita, perigosa e irresponsável”. O grupo de ativistas afirmou que o ataque afetou 11 embarcações e culpou Israel e seus aliados por “explosões, drones não identificados e interferências nas comunicações”, afirmando que não se deixará intimidar e que continuará navegando.

O porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU, Thameen Al-Kheetan, disse que qualquer pessoa responsável pelas supostas violações deve ser responsabilizada e pediu uma “investigação independente, imparcial e completa”.

Israel já havia proposto que a flotilha entregue a ajuda humanitária em um porto israelense, deixando a cargo de suas autoridades a tarefa de levá-la a Gaza, sob pena de sofrer consequências.

No início deste mês, a flotilha culpou Israel por outros relatos de ataques de drones contra seus barcos enquanto estavam atracados em um porto tunisiano. Tel Aviv também não respondeu a essas acusações.

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