Ataques a três supostas embarcações de narcotráfico no leste do Oceano Pacífico mataram oito pessoas nesta segunda-feira (15), segundo o exército americano, como parte de uma campanha contínua que já tirou mais de 90 vidas.
“A inteligência confirmou que as embarcações estavam transitando por rotas conhecidas de narcotráfico no Pacífico e estavam envolvidas em narcotráfico”, disse o Comando Sul dos EUA em uma publicação no X, acrescentando que “um total de oito narcoterroristas do sexo masculino foram mortos durante essas ações—três na primeira embarcação, dois na segunda e três na terceira”.
A publicação inclui imagens de vídeo de três barcos separados flutuando na água antes de serem atingidos pelos ataques.
Desde o início de setembro, o exército americano, sob o comando do chefe do Pentágono Pete Hegseth, tem como alvo supostos barcos de contrabando de drogas no Mar do Caribe e no leste do Oceano Pacífico, destruindo pelo menos 26 embarcações e matando pelo menos 95 pessoas.
Os ataques foram acompanhados por uma enorme mobilização militar dos EUA no Caribe, que inclui o maior porta-aviões do mundo e uma série de outros navios de guerra, com o presidente dos EUA, Trump, insistindo que o objetivo é combater o narcotráfico, enquanto o presidente venezuelano Nicolás Maduro diz suspeitar que seja um pretexto para uma mudança de regime em Caracas.
Durante um dos primeiros ataques, sobreviventes de um ataque inicial a um barco foram mortos depois que os EUA lançaram um segundo ataque à embarcação, uma ação controversa que gerou acusações de possível crime de guerra.
Hegseth reiterou que não ordenou um segundo ataque, atribuindo-o ao almirante americano Frank Bradley.



