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Relembre vencedores do Nobel que não foram à cerimônia – 10/12/2025 – Mundo

Assim como a líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, que está na clandestinidade e não receberá pessoalmente nesta quarta-feira (10) o Prêmio Nobel da Paz, outros laureados também não compareceram à cerimônia de entrega.

Alguns deles não conseguiram estar presentes ou decidiram não ir por escolha própria. Veja, abaixo, a lista de nomes.

Narges Mohammadi (2023)

A ativista iraniana, contrária ao uso obrigatório do véu e à pena de morte, estava detida na penitenciária de Evin, em Teerã, quando recebeu o prêmio.

Seus filhos gêmeos de 17 anos, exilados na França, receberam o Nobel da Paz em seu nome e leram um discurso que ela escreveu de sua cela. Narges Mohammadi passou para o regime de liberdade provisória por razões médicas no final de 2024.

Ales Bialiatski (2022)

Ales Bialiatski, fundador e diretor por muitos anos da Viasna, o principal grupo de defesa dos direitos humanos de Belarus, estava preso quando recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Um ano depois, ele foi condenado a dez anos de prisão pelo financiamento de ações coletivas que, segundo as autoridades, “atentavam gravemente contra a ordem pública”.

Na cerimônia de entrega, foi representado por sua esposa.

Liu Xiaobo (2010)

Quando o Nobel foi entregue ao dissidente chinês, que estava preso, a cadeira ficou simbolicamente vazia. Ele não pôde ser representado nem por sua esposa, Liu Xia, que estava em prisão domiciliar, nem por seus três irmãos, que não foram autorizados a deixar a China.

O escritor e professor de literatura foi uma figura de destaque do movimento democrático de Tiananmen em 1989 e um crítico declarado do regime comunista. Em maio de 2017, obteve liberdade condicional após ser diagnosticado com um câncer em fase terminal. Morreu em julho do mesmo ano.

Aung San Suu Kyi (1991)

A dissidente birmanesa estava em prisão domiciliar quando recebeu o prêmio. A junta militar no poder permitiu que ela viajasse a Oslo, mas Suu Kyi preferiu permanecer em Mianmar por medo de não conseguir voltar.

Na cerimônia, também foi colocada uma cadeira vazia no palco e seu marido e seus dois filhos receberam o prêmio em seu nome.

Lech Walesa (1983)

Embora estivesse em liberdade quando recebeu o prêmio em 1983, Lech Walesa, que liderava clandestinamente o sindicato Solidarnosc, decidiu não comparecer à cerimônia por receio de não poder retornar à Polônia.

Ele foi representado por sua esposa e seu filho.

Andrei Sakharov (1975)

O físico e dissidente foi laureado por seu trabalho em favor dos direitos humanos, mas não pôde comparecer à cerimônia de entrega do prêmio porque a União Soviética vetou sua saída do país.

Foi representado por sua esposa, Yelena Bonner, também ativista.

Henry Kissinger e Le Duc Tho (1973)

O Nobel da Paz de 1973, um dos mais polêmicos da história, foi concedido na ausência de seus dois laureados, premiados por uma efêmera trégua no Vietnã.

Le Duc Tho rejeitou o prêmio, alegando que a trégua não era respeitada, enquanto Henry Kissinger não viajou a Oslo por medo de manifestações.

Carl von Ossietzky (1935)

Quando recebeu o prêmio, o jornalista pacifista alemão, detido em 1933 durante a operação contra os opositores que se seguiu ao incêndio do Reichstag, estava em um campo de concentração nazista.

O opositor do regime morreu em 1938 no hospital, enquanto ainda permanecia detido.

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