Flávio Nantes Bolsonaro nasceu em Resende, RJ, no dia 30 de abril de 1981. Ele é formado em direito e pós-graduado em ciências políticas. É o primogênito do ex-presidente Jair Bolsonaro
Flávio iniciou a vida pública em 2003, sendo o deputado estadual mais jovem do Rio. Exerceu quatro mandatos consecutivos na ALERJ, focando sua atuação na segurança pública
Em 2018, foi eleito senador pelo Rio de Janeiro. Antes, em 2016, disputou a prefeitura do Rio, ficando em quarto lugar. Sua carreira política é marcada pela rejeição ao assistencialismo e defesa da família
Sua evolução patrimonial gerou suspeitas. Flávio realizou “transações-relâmpago” com 19 imóveis, lucrando alto. Em um caso, teve valorização de mais de 260% na revenda de apartamentos em um curto período de tempo
Ele foi acusado de liderar “rachadinhas” na ALERJ, desviando salários. O caso surgiu após o Coaf apontar movimentação atípica de R$ 1,2 milhão de seu ex-assessor Fabrício Queiroz entre 2016 e 2017
O Ministério Público do Rio denunciou Flávio, em 2020, por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. A acusação aponta que ele chefiava o esquema de apropriação de salários em seu gabinete
Flávio empregou a mãe e a esposa do ex-PM Adriano da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras. Elas receberam salários da ALERJ e a mãe repassou dinheiro para a conta de Queiroz, segundo investigações
Adriano (foto), morto em 2020 foragido, era citado no caso Marielle Franco. A defesa de Queiroz admitiu a contratação dos parentes do miliciano, alegando que a família passava por dificuldades financeiras na época
O senador homenageou milicianos na ALERJ. Ele concedeu a Medalha Tiradentes a Adriano da Nóbrega e moções de louvor ao Major Ronald, outro policial preso acusado de liderar milícias na zona oeste do Rio
Em discursos antigos, Flávio minimizou as milícias, sugerindo que moradores aceitavam a segurança ilegal. Ele também criticou a juíza Patrícia Acioli, morta por milicianos, dizendo que ela humilhava policiais
Em dezembro de 2025, Flávio anunciou ser o escolhido por seu pai para disputar a Presidência em 2026. A decisão busca manter o projeto político do grupo e o sobrenome em evidência com Jair cumprindo pena
A candidatura visa garantir anistia a Jair. Flávio argumentou que o futuro presidente deve enfrentar o Supremo para conceder indulto ao pai, considerando inaceitável que o tribunal reverta uma eventual anistia
Sua assinatura ajuda a Folha a seguir fazendo um jornalismo independente e de qualidade
Veja as principais notícias do dia no Brasil e no mundo