

Presidente da Câmara cumpre determinação de Moraes e encaminha processo de cassação para comissão
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (12), que bloqueou vencimentos e verbas de gabinete da deputada Carla Zambelli (PL–SP), conforme ordenado pelo ministro Alexandre de Moraes. A medida visa garantir o pagamento de uma multa de até R$ 260 mil, imposta após sua condenação definitiva por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica
Bloqueio inclui salário e repasses extras
A decisão judicial determinou o “imediato bloqueio” de todos os recursos destinados à parlamentar, incluindo salário, cotas de gabinete e demais repasses — para assegurar que a penalidade pecuniária seja cumprida
Em ofício ao STF, Motta afirmou que a Câmara “cumpriu as medidas fixadas” por Moraes, sem maiores detalhes sobre os bloqueios específicos
Próximos passos legislativos: CCJ e plenário
Paralelamente, Motta encaminhou a condenação da deputada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), conforme apuração, abrindo caminho para a votação sobre cassação de seu mandato folhape.com.br+12oglobo.globo.com+12otempo.com.br+12. Após análise na CCJ, o tema será levado ao pleno da Câmara, ainda sem data definida, onde Zambelli terá direito à defesa e decisão por maioria absoluta.
Inicialmente, Motta havia indicado que a perda do mandato seria declarada automaticamente, mas recuou após críticas internas
Paralela diplomática: extradição e Interpol
Com a condenação transitada em julgado, Zambelli teve prisões determinadas e seu nome inserido na lista vermelha da Interpol, tornando-se foragida em 196 países . O STF formalizou pedido de extradição à Itália, onde ela estaria residindo, e Itamaraty já protocolou a solicitação às autoridades italianas
Resumo dos principais pontos
- Quem bloqueou: Hugo Motta, presidente da Câmara
- O que foi bloqueado: salário e verbas de gabinete de Zambelli
- Por que: garantir pagamento de multa de até R$ 260 mil
- Base legal: decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF
- Etapas seguintes: envio à CCJ, depois votação em plenário para cassação
- Contexto jurídico: condenação por invasão ao CNJ, prisão preventiva, extradição solicitada