Tenho mais orgulho de ‘Smallville’ agora, afirma Tom Welling em Fortaleza

FORTALEZA, CE (FOLHAPRESS) – Tom Welling, eternizado como o jovem Clark Kent em “Smallville”, diz que tem mais orgulho da série agora, duas décadas após seu lançamento, do que na época. “Tive um tempo para analisar. Quando você está nela, não sabe o que acontece. Pude ver como espectador e continua uma boa série”, diz em entrevista em Fortaleza.

O ator americano revisitou os episódios ao lado de Michael Rosenbaum, que fez Lex Luthor, para o podcast “Talkville”, em 2022. “Foi divertido, consegui lembrar de coisas que não lembrava. De certa forma, esqueço que a série aconteceu. Foram dez anos da minha vida, mas não é algo que falo sobre no dia a dia”, afirma.

Welling e Erica Durance, que viveu Lois Lane, foram as atrações principais do 25º Sana, maior festival de cultura geek do Nordeste e Norte. Eles participaram de painel -no qual relembraram cenas, falaram sobre os bastidores e até tentaram fazer a “vaia cearense”- e de sessões de fotos e autógrafos no domingo (20).

A dupla vem ao Brasil na esteira da nova versão de “Superman”. Sobre o longa de James Gunn, Welling diz um protocolar: “Mal vejo a hora de ver o filme”. “‘Smallville’ se sustenta por si só. A série é algo separado do que veio antes e do que será lançado”, afirma o ator, que esteve no país em 2018, para a CCXP. A produção de dez temporadas fez sucesso com os brasileiros ao ser exibida pelo SBT nos anos 2000.

Para Durance, o interesse ainda hoje pelo super-herói tem a ver com ele ser “um bom rapaz”. “Ele vem de outro planeta e salva o mundo. Nós amamos essa história. Amamos o bom rapaz e a mulher que o apoia, mas que também é independente e faz as próprias coisas. Então continuam fazendo reencarnações disso”, avalia.

Sua versão da jornalista se destacou por ter um arco próprio que ia além do par romântico de Kent -eles só se tornam um casal na nona temporada. “Pude interpretá-la por um bom tempo e uma versão mais jovem dela. Essa é uma das maneiras pelas quais nossos personagens se destacam das outras versões, porque você os vê amadurecendo, e isso cria um nível de identificação”, diz a canadense.

“Foi permitido aos nossos personagens tempo para respirar, para tropeçar. Muitos deles cometeram erros”, completa Welling.

Durance revelou que, de início, tinha recusado o papel. “Sou do Canadá, e geralmente não dão grandes papéis fora do Canadá. Quando disseram que queriam me ver para o papel de Lois Lane, e eu disse não, nunca vão me contratar”, conta. “Meu empresário disse que eu tinha que ir de qualquer maneira. Pensei ‘que se dane, vamos’. Tratei isso com muito senso de humor, e acho que eles gostaram dessa vibe.”

Já Welling disse que só aceitou o papel porque interpretaria um Clark Kent jovem, e não o Super-Homem -ele só veste o traje no episódio final de “Smallville”. “O que concordei era que estava interpretando um adolescente do ensino médio tentando descobrir sua identidade. A jornada dele era importante para mim. Me lembrava constantemente que o Clark não sabia que era o Superman.”

“Quando você consegue um papel tão grande, um personagem que todo mundo ama tanto, se você passa muito tempo pensando nessa ideia amorfa do personagem, você nunca será capaz de interpretá-lo com verdade”, comenta Durance.

Eles dizem não se importar em serem lembrados até hoje por esses papéis. “Há outras coisas pelas quais eu gostaria de ser lembrado”, brinca Welling. “Me surpreende o quanto as pessoas amam a série e como ela é massiva em alguns países”, diz Durance. “Viajamos pelo mundo e conhecemos pessoas, então percebemos como teve um impacto grande na vida delas, e isso é incrível”, completa o ator.

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