Livros e relançamentos têm revisitado o legado do pensador Abdias Nascimento em 2025, ano que marca o 80º aniversário da estreia do Teatro Experimental do Negro (TEN). A montagem de “O Imperador Jones” em 8 de maio de 1945 colocou artistas negros no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro pela primeira vez.
O revolucionário TEN foi marcante para a modernização das artes cênicas no Brasil, ao produzir peças nas quais o negro era protagonista e centro dramático. Mas o grupo atuou além dos palcos: foi um movimento estético-político, e em todas as frentes teve como linha de força o combate ao racismo, às desigualdades e às violências associadas a ele.
Ideais de quilombismo, recuperação de matrizes afro-brasileiras e integração da população negra à sociedade eram amplamente discutidas ali. Hoje, movem discussões nas redes sociais, motivam movimentos sociais e se desenvolvem em produções novas sobre o TEN e Abdias —que além de intelectual e dramaturgo, foi artista plástico e parlamentar.
O Café da Manhã desta sexta-feira (21) conta o que foi o Teatro Experimental do Negro, resgata o papel de Abdias Nascimento e discute por que o pensamento dele e a experiência do TEN têm sido resgatados. O podcast ouve o pesquisador e crítico teatral Guilherme Diniz, o sociólogo Tulio Custódio e a diretora do Instituto Abdias Nascimento de Pesquisas e Estudos Afro-brasileiros (Ipeafro), Elisa Larkin Nascimento —também reconstrói momentos da estreia de “O Imperador Jones”.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores. A produção, roteiro e edição de som são de Raphael Concli.



