Por que o Brasil é o primeiro a discursar na Assembleia-Geral da ONU?
Por que o Brasil é o primeiro a discursar na Assembleia-Geral da ONU?
A Organização das Nações Unidas foi criada em 1945, logo após o final da Segunda Guerra Mundial e, desde 1955, o Brasil é, oficialmente, o primeiro orador da Assembleia-Geral
A Assembleia-Geral é um encontro que ocorre anualmente em Nova Iorque e reúne todos os 193 países membros das Nações Unidas. Há possíveis teorias que expliquem o motivo do Brasil ser quem abre as sessões
A primeira teoria é que isso ocorre em homenagem a Oswaldo Aranha, então chefe da delegação brasileira, que presidiu a Primeira Sessão Especial da Assembleia, em 1947, e aprovou a criação do Estado de Israel
O diplomata foi ministro das Relações Exteriores de 1938 a 1944, durante o primeiro governo de Getúlio Vargas e sua atuação na ONU em 1947 o levou a ser cogitado como candidato ao prêmio Nobel da Paz
A segunda teoria leva com conta que, nos primeiros anos da ONU, nenhum país queria ser o primeiro a falar e o Brasil se voluntariou para abrir a sessão em 1949, 1950 e 1951 e, por isso, teve seu papel oficializado
Outra teoria é que o Brasil ganhou esse papel como um prêmio de consolação pelo país não fazer parte do Conselho de Segurança da ONU, que tem cinco países fixos (e com poder de veto) e dez membros rotativos
À época da criação do Conselho de Segurança, cogitou-se fazer do Brasil um membro fixo por conta de sua crescente importância na América Latina, mas a ideia foi vetada por Winston Churchill, do Reino Unido e Josef Stalin, da União Soviética
Há ainda uma quarta teoria que acredita que, para evitar a tensão entre os EUA e a URSS na crescente da Guerra Fria, o Brasil foi escolhido para abrir as sessões da Assembleia-Geral por ser considerado neutro e diplomático
Atualmente, a ordem de falas da Assembleia-Geral da ONU é a seguinte:
Delegação do Brasil
Delegação dos EUA (país-sede)
Ordem de chegada na Assembleia e hierarquia
Secretário-geral da ONU
Presidente da Assembleia-Geral
A hierarquia diz que os primeiros a falar são os chefes de Estado seguidos pelos vice-chefes de Estado e príncipes herdeiros, chefes de governo, ministros e chefes de baixo escalão de uma delegação
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