O BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, anunciou a aprovação de R$ 2 milhões para restaurar, em resolução 4K, três filmes da obra do cineasta Glauber Rocha, cujo acervo está sob guarda da Cinemateca Brasileira.
Os filmes que passarão por restauração são o documentário “História do Brasil” (1974) e os curtas “Amazonas, Amazonas” (1966) e “Di Glauber” (1977), também conhecido como “Di Cavalcanti Di Glauber”, no qual o cineasta filmou o velório do pintor.
Em novembro do ano passado, o banco já havia anunciado o aporte para “História do Brasil” e “Amazonas, Amazonas”, através da Lei Rouanet. “Di Glauber” entrou como um novo projeto.
O dinheiro do BNDES será destinado à Box Cultural, produtora brasileira. O restauro é feito, segundo o banco, em padrão que mantém as cópias fiéis aos negativos originais.
A guarda do acervo de Glauber Rocha está atualmente na Cinemateca, que deve ganhar novas cópias dos filmes restaurados. O objetivo é que, após a restauração, as obras sejam exibidas em festivais no Brasil e no exterior. Também devem entrar em exibição na mostra BNDES Glauber Rocha, em São Paulo.
“Amazonas, Amazonas”, o primeiro filme em cores de Glauber, está com fungos. “História do Brasil” foi produzido em Cuba, durante exílio de Glauber.
O BNDES anunciou também aporte de R$ 7,9 milhões para o Instituto Vladimir Herzog. O dinheiro deve ser usado para organizar, catalogar e criar projetos de difusão dos 13.840 itens de acervos sob o guarda-chuva do instituto, especialmente o acervo Memórias da Ditadura.
Os itens devem ser traduzidos para inglês e espanhol e disponibilizados na internet, com banco de dados e catalogação digital. A catalogação no banco de dados deve incluir marcadores sociais de raça e gênero.
“O apoio contribui para o fortalecimento de uma cultura de respeito à democracia, que esteve em um passado muito recente sob risco no Brasil, e aos direitos humanos. E com o restauro das obras de Glauber Rocha, o Banco ajuda a difundir e a democratizar o acesso do público à cultura e à história do cinema nacional”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.



