A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, afirmou nesta quinta-feira (11) que recebeu ajuda dos Estados Unidos para sair de seu esconderijo no país latino-americano para viajar até a Noruega. Ela disse, porém, que não poderia dar detalhes da operação por motivos de segurança.
“Não posso dar detalhes porque pessoas poderiam ser prejudicadas. O regime tentou fazer de tudo para impedir que eu viesse. Eles não sabiam onde eu estava na Venezuela. Era difícil me deterem”, afirmou a venezuelana durante uma conversa com jornalistas.
“E sim, eu recebi ajuda do governo dos EUA”, declarou. Ela havia planejado chegar à capital norueguesa para a cerimônia de premiação do Nobel da Paz na manha de quarta-feira (10), mas precisou ser representada pela filha Ana Corina Sosa Machado devido a atrasos na viagem.
A entrega do prêmio ocorre em meio a uma escalada na tensão militar entre EUA e Venezuela —na quarta, as Forças Armadas americanas capturaram um petroleiro em águas próximas à costa do país sul-americano na quarta.
A opositora mantém proximidade com setores alinhados ao presidente dos EUA, Donald Trump, que acusam Maduro de envolvimento com organizações criminosas que representariam ameaça direta à segurança nacional americana —posição questionada por setores da inteligência de Washington. Ao receber o anúncio da premiação, em outubro, ela dedicou parte do reconhecimento a Trump.



