A opositora María Corina Machado afirmou que planeja levar seu Nobel para a Venezuela, em declaração nesta quinta-feira (11) em Oslo, na Noruega. Ele não disse, no entanto, quando pretende retornar ao país.
“Vim receber o prêmio em nome do povo venezuelano e o levarei de volta à Venezuela no momento oportuno. Claro, não direi quando”, declarou à imprensa. “Sei exatamente os riscos que estou correndo”, acrescentou.
Na quarta (10), María Corina desafiou o regime de Nicolás Maduro ao contrariar uma proibição de viagem e ir à Noruega.
A venezuelana havia planejado chegar em Oslo para a cerimônia de premiação do Nobel da Paz, de manhã, mas precisou ser representada pela filha Ana Corina Sosa Machado devido a atrasos na viagem.
Na noite de quarta, já madrugada de quinta na Noruega, María Corina acenou ao público em frente ao Grand Hotel, local de alojamento habitual dos ganhadores do Nobel na capital norueguesa.
A opositora apareceu na varanda central do prédio, cantou o hino venezuelano e saudou “viva a Venezuela!”. Momentos depois, saiu do hotel e cumprimentou apoiadores na rua.
O paradeiro da líder da oposição era desconhecido desde janeiro. A ditadura venezuelana proibiu formalmente que ela saísse do país. O ministro do Interior da Venezuela e número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, disse na segunda desconhecer detalhes sobre a viagem da opositora. Em novembro, o procurador-geral venezuelano disse à agência de notícias AFP que ela seria considerada foragida caso deixasse o país.



