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Honduras: Comissão do Congresso ameaça rejeitar resultados – 11/12/2025 – Mundo

Uma comissão do Congresso de Honduras declarou nesta quarta (10) que pretende rejeitar os resultados, ainda não oficializados, das eleições presidenciais ocorridas em 30 de novembro. O painel fala em “golpe eleitoral” e acusou o presidente dos EUA, Donald Trump, de interferência no pleito. A presidente Xiomara Castro, do partido governista Libre, também fez acusações de fraude. O país deve realizar uma recontagem especial para resolver irregularidades nas atas de votação, segundo um anúncio da funcionária do órgão eleitoral Cossette López-Osorio nesta quinta (11).

Em entrevista a uma rádio local, Cosette disse que o processo poderia começar já nesta sexta (12). A eleição continua indefinida, e protestos já eclodem na capital, Tegucigalpa.

Com mais de 99% das urnas apuradas, o direitista Nasry Asfura, candidato do Partido Nacional apoiado por Trump, está à frente de seu rival do Partido Liberal, o centro-direitista Salvador Nasralla, por cerca de 40 mil votos —40,52% a 39,2%.

A candidata governista, Rixi Moncada, aparecia em um distante terceiro lugar, com 19,29%,

Aproximadamente 2.700 das atas —cerca de 15% do total— apresentam inconsistências que exigem revisão adicional. Essas atas contêm votos suficientes para mudar o resultado da eleição, aumentando a tensão política.

A missão eleitoral da OEA (Organização dos Estados Americanos) pediu que a contagem seja acelerada e que haja mais transparência. “Eu espero que, em três dias, possamos divulgar as verificações relacionadas à eleição presidencial”, disse López-Osorio.

As eleições foram marcadas por um processo caótico de divulgação de resultados e por ingerências de Trump. O presidente americano ameaçou cortar a ajuda ao país se seu candidato não fosse eleito e indultou o ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández, que cumpria uma pena de 45 anos por tráfico de drogas nos Estados Unidos.

O chefe das Forças Armadas do país, Roosevelt Hernández, também disse na quarta que os militares vão garantir a transferência de poder a quem vencer as eleições. Trata-se da mesma instituição que protagonizou diversos golpes de Estado na nação —o mais recente, em 2009, contra Manuel Zelaya, marido da atual presidente.

Washington afirmou que está monitorando de perto a apuração e alertou que responderá a quaisquer irregularidades “de forma rápida e decisiva”.

O órgão eleitoral de Honduras tem até 30 de dezembro para declarar o vencedor, que então assumirá a Presidência em janeiro para o mandato de 2026 a 2030.

Membros do Conselho Nacional Eleitoral culparam a empresa responsável pela plataforma de tabulação pela lentidão na contagem dos votos.

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