Por uma questão de 30 segundos poderia ter sido evitado o roubo das joias do Museu do Louvre, ocorrido em outubro. É o que afirmou o responsável pelo inquérito sobre a segurança do museu, Noël Corbin, em audiência no Senado francês nesta quarta (10).
Segundo ele, “os agentes ou policiais teriam podido impedir a fuga dos ladrões” se não tivesse havido uma demora na transmissão da informação: “Os agentes disseram que havia uma tentativa de roubo, mas sem dizer onde.” Por isso, os policiais não chegaram a tempo à Galeria de Apolo, por onde o Louvre foi invadido.
No dia 19 de outubro, em plena manhã de domingo, quatro homens estacionaram uma camionete com uma plataforma de elevação na altura da galeria e, com esmerilhadeiras, abriram uma janela e duas vitrines, levando oito joias avaliadas em € 88 milhões (R$ 560 milhões) em uma ação que durou oito minutos.
Eles fugiram em duas scooters. Os quatro foram presos nas semanas seguintes, mas as joias até hoje não foram encontradas.
Corbin afirmou ter ficado surpreso com as falhas de segurança do Louvre reveladas pelo inquérito. “É um lugar tão icônico que ninguém pensa que possa ser tão frágil. Descobri um encadeamento de fragilidades“, afirmou.
O inquérito descobriu uma auditoria de segurança feita em 2019 pela joalheria Van Cleef and Arpels, apontando que a Galeria de Apolo era um ponto vulnerável do Louvre.
Na próxima semana, o Senado ouvirá o diretor do museu na época da auditoria, Jean-Luc Martinez, para saber por que aparentemente não foi tomada nenhuma medida para resolver o problema apontado pelo estudo.



