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María Corina Machado não vai receber o Prêmio Nobel pessoalmente – 10/12/2025 – Mundo

A líder opositora da Venezuela, María Corina Machado, não receberá o Prêmio Nobel da Paz pessoalmente na cerimônia desta quarta-feira (10) em Oslo, disse o diretor do Instituto Nobel Norueguês.

María Corina, de 58 anos, deveria receber o prêmio em uma cerimônia na Prefeitura de Oslo na presença do rei Harald, da rainha Sonja e de líderes latino-americanos, incluindo o presidente argentino Javier Milei e o presidente equatoriano Daniel Noboa.

A presença da líder da oposição desafiaria uma proibição de viagem de uma década imposta pelas autoridades em seu país de origem, e depois de passar mais de um ano sem ser vista em público —o paradeiro dela é desconhecido.

“Ela infelizmente não está na Noruega e não estará no palco da Prefeitura de Oslo às 13h, quando a cerimônia começar”, disse Kristian Berg Harpviken, diretor do instituto e secretário permanente do órgão de premiação, à emissora NRK.

Quando perguntado onde ela estava, Harpviken disse: “Eu não sei.”

A cerimônia ainda acontecerá. Quando um laureado não pode comparecer, geralmente um familiar próximo recebe o prêmio e faz o discurso Nobel.

Neste caso, será a filha de María Corina, Ana Corina Sosa Machado, disse Harpviken.

María Corina ganhou o Nobel da Paz em 10 de outubro “por seu incansável trabalho em favor dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta por uma transição justa e pacífica da ditadura à democracia” no país, segundo a organização.

Ela dedicou o prêmio em parte ao presidente dos EUA, Donald Trump, que disse que ele merecia a honra.

A opositora mantém proximidade com setores alinhados a Trump, que acusam o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, de envolvimento com organizações criminosas que representariam ameaça direta à segurança nacional americana —posição questionada por setores da inteligência de Washington.

María Corina venceu com ampla margem as primárias da oposição para a eleição presidencial de 2024, mas foi impedida de concorrer. Após o pleito contestado, que resultou na declaração oficial da vitória de Maduro, ela entrou na clandestinidade em agosto, quando o regime intensificou as prisões de opositores.

A entrega do Nobel coincide com a mobilização militar dos EUA no Caribe e no Pacífico, onde mais de 80 pessoas foram mortas em ataques americanos contra embarcações usadas, segundo Washington, para o transporte de drogas.

Os EUA dizem que as ofensivas, iniciadas em agosto, fazem parte de operações contra o narcotráfico, mas especialistas questionam a legalidade desses ataques, e Maduro insiste que o objetivo é derrubá-lo e se apoderar das riquezas da Venezuela, rica em petróleo.

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