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María Corina dribla proibição de viagem e vai para Noruega – 10/12/2025 – Mundo

A opositora María Corina Machado desafiou mais uma vez o regime de Nicolás Maduro ao contrariar uma proibição de viagem e ir à Noruega nesta quarta-feira (10). A venezuelana havia planejado chegar em Oslo para a cerimônia de premiação do Nobel da Paz, nesta manhã, mas precisou ser representada pela filha Ana Corina Sosa Machado devido a atrasos na viagem.

Na noite desta quarta, já madrugada de quinta na Noruega, María Corina acenou ao público em frente ao Grand Hotel, local de alojamento habitual dos ganhadores do Nobel na capital norueguesa. A opositora apareceu na varanda central do prédio, cantou o hino venezuelano e saudou “viva a Venezuela!”. Momentos depois, saiu do hotel e cumprimentou apoiadores na rua.

María Corina tinha seu paradeiro desconhecido desde janeiro, quando apareceu publicamente pela última vez. O regime venezuelano proibiu formalmente que ela saísse do país. O ministro do Interior da Venezuela e número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, disse na segunda desconhecer detalhes sobre a viagem da opositora. Em novembro, o procurador-geral venezuelano disse à agência de notícias AFP que ela seria considerada foragida caso deixasse o país.

Na cerimônia desta manha, Ana Corina fez um discurso confirmando que sua mãe chegaria mais tarde. “Em poucas horas, poderemos abraçá-la aqui em Oslo após 16 meses vivendo escondida. Enquanto aguardo esse momento, […] penso nas outras filhas e filhos que não poderão ver suas mães hoje. É isso o que a impulsiona. Ela quer viver em uma Venezuela livre e nunca desistirá desse propósito.”

“É por isso que todos nós sabemos —e eu sei— que ela voltará muito em breve à Venezuela.” Em seguida, ela leu um discurso escrito pela mãe. “Minha geração nasceu em uma democracia vibrante e a tomamos como certa. Valorizamos nossos direitos, mas esquecemos nossos deveres”, dizia parte do texto.

O discurso dizia que que a Venezuela, “contra todas as probabilidades, acordou”. O texto ainda recordou como ela foi impedida de concorrer à Presidência em julho de 2024, “em um duro golpe” da ditadura.

O presidente do comitê do Nobel da Paz, Jorgen Watne Frydnes, fez um longo discurso de abertura criticando os presos políticos da ditadura de Maduro e citou a imigração em massa dos cidadãos do país.

María Corina recebeu o Nobel da Paz em 10 de outubro “por seu incansável trabalho em favor dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta por uma transição justa e pacífica da ditadura à democracia” no país, segundo a organização.

A opositora mantém proximidade com setores alinhados ao presidente dos EUA, Donald Trump, que acusam Maduro de envolvimento com organizações criminosas que representariam ameaça direta à segurança nacional americana —posição questionada por setores da inteligência de Washington. Ao receber o anúncio da premiação, em outubro, ela dedicou parte do reconhecimento a Trump.

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