Cidadãos de países que incluem Reino Unido e França terão de divulgar o histórico dos últimos cinco anos de suas redes sociais para visitar os Estados Unidos, mesmo que estejam contemplados em acordo para isenção de visto, de acordo com novas propostas do governo de Donald Trump.
Segundo comunicado publicado pelo Departamento de Segurança Interna nesta quarta-feira (10), os candidatos a entrar nos EUA sob o programa de isenção de visto deverão adicionar as redes sociais como um “elemento de dados obrigatório”.
A mudança proposta afetaria os 42 países cujos cidadãos têm permissão para permanecer nos EUA por até 90 dias sem visto e após uma triagem pré-viagem.
Outros países com isenção de visto incluem Austrália, Alemanha, Irlanda, Itália, Japão, Nova Zelândia, Qatar, Singapura e Espanha.
O governo Trump tem tomado medidas para restringir a entrada nos EUA com ações como proibições de viagens e restrições de vistos que aumentaram a incerteza para imigrantes, incluindo trabalhadores e estudantes.
Junto com as verificações propostas de redes sociais, a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA também sinalizou possíveis mudanças na tecnologia que sustenta o processo de solicitação, incluindo a exigência de uma selfie, além das fotos do passaporte.
O site para solicitações também seria desativado, deixando um aplicativo móvel como a única plataforma para solicitar a isenção de visto. As propostas estão sujeitas a um período de aviso de 60 dias.
Todos os solicitantes de vistos de imigrante e não imigrante para os EUA já são obrigados a listar os nomes de usuário das redes sociais que usaram nos últimos cinco anos.
A partir deste ano, estudantes internacionais, trabalhadores qualificados e aqueles em intercâmbios culturais que solicitam vistos americanos são obrigados a configurar todas as suas contas de redes sociais como públicas para ajudar a identificar viajantes “que representam uma ameaça à segurança nacional dos EUA”.
