Se comparada a outros instrumentos musicais como o piano, a guitarra e o violão, a harpa pode ser considerada um instrumento de nicho, enquanto um trio formado por harpistas é quase uma raridade.
Por essa razão ir ao espetáculo do São Paulo Harp Trio, que acontece nesta quarta-feira (10), às 20h, com ingressos gratuitos, no Sesc Santana, em São Paulo, é uma oportunidade rara para ouvir esse instrumento que varia de acordo com suas características, origem e uso, sendo tocado por dedicadas instrumentistas.
As chamadas harpas de concerto, ou conhecidas como harpas sinfônicas, é a maior delas. Municiada de pedais em sua base que servem para mudar o tom de suas cordas, este tipo de harpa é o mais comum em orquestras, pois é muito usado em repertórios de música clássica.
Há também um modelo menor, a harpa de alavanca, harpa céltica ou irlandesa, que no lugar dos pedais usa alavancas manuais para mudar o tom das cordas, sendo mais presente na música folclórica. E há ainda, principalmente na América Latina onde é muito popular, a harpa paraguaia, dona de uma sonoridade e estilo de construção específicos, que difere da harpa de concerto e da harpa irlandesa.
Na apresentação desta quarta-feira serão usadas as harpas sinfônicas que, no São Paulo Harp Trio, são tocadas por Angela Duarte, Rafaela Lopes e Talita Martins.
Bacharel em harpa pela Faculdade Santa Marcelina, Angela Duarte iniciou sua formação na Escola Municipal de Música de São Paulo. Participou de festivais nacionais e internacionais, integrou a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, atuou como solista em diferentes grupos orquestrais e atualmente é harpista da Banda Sinfônica do Exército, além de colaborar com outros conjuntos sinfônicos brasileiros.
Rafaela Lopes iniciou seus estudos musicais na Escola de Música da UFRJ, onde realizou formação básica, técnica e superior em harpa. Atuou como convidada em diversas orquestras brasileiras e atualmente integra a Orquestra do Theatro São Pedro, em São Paulo, como harpista solista. E, completando o trio, Talita Martins iniciou-se no piano aos seis anos e, posteriormente, na harpa sinfônica, em São Paulo.
São 47 cordas, de cada um dos três instrumentos, cobrindo uma extensão de seis oitavas e meia. As cordas são codificadas por cores – as notas Dó geralmente são vermelhas, e as Fá, pretas- para ajudar as instrumentistas a se orientarem visualmente em meio a tantas cordas e executarem peças de compositores brasileiros e internacionais, escritas originalmente para outras formações, em arranjos especialmente preparados para o grupo.
O programa inclui obras de Eric Satie (1866-1925), Brahms (1833-1897), Tchaikovsky (1840-1893) e Ponchielli (1834-1886). Entre as peças, “The Entertainer”, de Scott Joplin (1868-1917), com arranjo de Willi Maerz, além de “Rosa”, de Pixinguinha (1897-1973) e “Tico-Tico no Fubá”, de Zequinha de Abreu (1880-1935), as duas últimas com arranjos escritos por Carlos dos Santos.
Como dito anteriormente, esta é uma oportunidade rara para alimentar a alma com peças celebres, de compositores sublimes, com arranjos exclusivos, através de uma formação inusitada e com instrumentistas muito bem qualificadas, além de ingressos com valor imbatível.
Bom concerto!
SÃO PAULO HARP TRIO
ARTISTAS Angela Duarte, Rafaela Lopes e Talita Martins
QUANDO Quarta-feira (10), às 20h
ONDE Sesc Santana, av. Luiz Dumont Villares, 579, Jd. São Paulo, São Paulo, tel.(11) 2971-8700
QUANTO Gratuito
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