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Tudo chega ao fim, uma frase que é especialmente verdadeira quando se refere a séries de televisão (um dia até “Os Simpsons” e “Saturday Night Live” serão encerradas, mas esse dia ainda não chegou).
Abaixo, dez séries que foram canceladas em 2025 e já podem ser vistas do começo ao fim no streaming —isto é, até serem ressuscitadas.
Doctor Odyssey (2024-25)
Disney+, uma temporada, 18 episódios.
Max Bankman (Joshua Jackson) aceita o emprego de médico a bordo do cruzeiro de luxo Odyssey, onde as emergências médicas são mais e mais absurdas a cada novo episódio —já no primeiro há um paciente com o pênis fraturado (sim, esta era uma série de Ryan Murphy, como você adivinhou?).
Andor (2022-25)
Disney+, duas temporadas, 24 episódios.
Situada no universo expandido de “Star Wars” antes dos acontecimentos de “Rogue One: Uma História Star Wars” (2016), conta, na primeira temporada, a história de como Cassian Andor (Diego Luna) passou de um mero contrabandista a uma figura-chave da revolução que um dia derrubaria o Império.
Na segunda temporada —vencedora do Emmy de melhor roteiro—, a linha do tempo acelera e outros personagens ganham mais destaque. Em especial, cresce a jornada de Mon Mothma (Genevieve O’Reilly), senadora que financia a resistência, mas percebe que não é possível lutar sem sujar as mãos.
How to Die Alone (2025)
Disney+, uma temporada, oito episódios.
Empoderada pelo sucesso de “The White Lotus”, Natasha Rothwell criou e estrelou esta comédia sobre Melissa, uma funcionária de um aeroporto que tem medo de voar. Após quase morrer, ela decide que é hora de começar a viver mais intensamente.
Mythic Quest (2020-25)
AppleTV, quatro temporadas, 40 episódios.
Criada por parte da equipe de “It’s Always Sunny in Philadelphia” —Rob McElhenney, Megan Ganz e Charlie Day— acompanha o dia a dia do estúdio responsável por um videogame chamado “Mythic Quest” e os muitos desentendimentos de seus criadores.
A Faxineira (2022-25)
The Cleaning Lady. HBO Max, quatro temporadas, 46 episódios.
Versão americana de uma série argentina. Thony de la Rosa (Élodie Yung) era uma cirurgiã renomada em Manila, nas Filipinas, mas migra para os Estados Unidos em busca de tratamento para seu filho, que sofre de uma doença rara. Quando seu visto expira, ela se vê sem alternativas além de se tornar faxineira para um grupo mafioso que controla Las Vegas.
A Franquia (2025)
The Franchise. HBO Max, uma temporada, oito episódios
Sátira sobre os bastidores de um filme de super-heróis parte de uma grande franquia, em que todo o dinheiro do mundo não basta para fazer ninguém feliz.
Particularmente infeliz é o primeiro assistente de direção, Daniel (Himesh Patel), responsável por manter o circo todo de pé, enquanto o diretor, Eric (Daniel Brühl) tem seus chiliques, as estrelas (Billy Magnussen e Richard E. Grant) cobram afagos e a produtora, Anita (Aya Cash) tenta não ser demitida pelos todo-poderosos do estúdio.
Vale principalmente como veículo para Lolly Adefope, que interpreta Dag, a nova segunda assistente de direção.
HBO Max, três temporadas, 33 episódios.
Continuação de “Sex and the City” quase 20 anos depois do fim da série original e uma década após o segundo filme da franquia, retoma a história de Carrie (Sarah Jessica Parker), Miranda (Cynthia Nixon) e Charlotte (Kristin Davis) —Kim Catrall, que interpretava Samantha, não quis retornar— em sua meia-idade.
Quem Vê Casa (2025)
No Good Deed. Netflix, uma temporada, oito episódios.
Lisa Kudrow, Ray Romano, Linda Cardellini, Abbi Jacobson, O-T Fagbenle, Dennis Leary, Teyona Parris, Luke Wilson, Kate Moennig, Matt Rogers, Linda Lavin. Quem vê uma lista dessas certamente poderia pensar que, se uma andorinha só não faz verão, uma revoada deveria. Infelizmente, nem com um elenco desse calibre, com mais de um século de experiência somada, “Quem Vê Casa” conseguiu se estabelecer na Netflix.
A série, criada por Liz Feldman (“Disque Amiga para Matar”), enfoca a história de uma casa à venda, o casal que tenta se livrar do imóvel (Kudrow e Romano) e os muitos aspirantes a compradores, que projetam na casa seus sonhos e desejos.
Recruta (2022-25)
The Recruit. Netflix, duas temporadas, 14 episódios.
Owen (Noah Centineo), um jovem advogado recém-contratado pela CIA (agência de inteligência americana), vai parar no meio de uma conspiração quando uma informante ameaça divulgar segredos da agência se não for libertada da cadeia.
A série, que somou boa audiência na primeira temporada, pelas métricas da Netflix, teve a segunda temporada lançada em janeiro logo após a segunda temporada de “O Agente Noturno”, que também tem como protagonista um jovem branco recém-contratado na CIA (lá, Gabriel Basso). Uma série parece ter canibalizado a outra, e “Recruta” se deu mal.
Novo Começo (2025)
Clean Slate. Prime Video, uma temporada, oito episódios.
Desiree (Laverne Cox) volta à sua cidade natal no Alabama após 17 anos para tentar reparar seu relacionamento com seu pai, Harry (George Wallace), que se fraturou quando ela revelou ser trans. É a última série produzida por Norman Lear, lendário produtor morto aos 93, a ter sido completada antes de sua morte, em 2023.
O que está chegando
As novidades nas principais plataformas de streaming
Orgulho e Preconceito (1995)
Pride & Prejudice. Prime Video, seis episódios.
Adaptação da BBC do clássico de Jane Austen que fez de Colin Firth e seu sr. Darcy molhado um galã de marca maior, ao lado da atriz duas vezes vencedora do Tony Jennifer Ehle como a heroína Elizabeth Bennet.
Os Abandonados
The Abandons. Netflix, primeira temporada, sete episódios.
Lena Headey (“Game of Thrones”) e Gillian Anderson (“Arquivo X”) interpretam matriarcas de duas famílias em lados opostos de uma disputa territorial no que hoje é o estado de Washington, no noroeste americano, em 1854.
Eu recomendaria moderar expectativas em torno desta série, já que apesar das duas boas atrizes principais ela foi criada por Kurt Sutter (“Sons of Anarchy”), um criador apegado aos excessos. Mas aí li que ele abandonou (hehe) a série antes mesmo do fim das filmagens, e que o produto final parece ter ficado pelo caminho também, então redobro a recomendação.
Film Club
Filmelier+, seis episódios com estreia às quintas.
Série cocriada e coescrita por Aimee Lou Wood —estrela de “The White Lotus” e “Sex Education”—, que interpreta Eve, uma jovem que não sai de casa há seis meses por motivos não elucidados nos dois primeiros episódios (aos quais já assisti).
Ela dedica sua energia a fantasias e decorações elaboradas para os encontros do clube do filme que mantém com o melhor amigo, Noa (Nabhaan Rizwan), mas ele acaba de conseguir o emprego dos sonhos do outro lado do país. Com a vida prestes a mudar, os dois terão que decidir se amizade é mesmo o que querem.
Jay Kelly
Estreia nesta sexta (5) na Netflix, 132 min.
George Clooney, uma estrela de Hollywood, interpreta Jay Kelly, uma estrela de Hollywood em crise que embarca em uma viagem pela Europa atrás da filha e rumo a uma premiação. Ao seu lado sempre está seu fiel agente, Ron (Adam Sandler, querendo aquele Oscar).
SAS: Rogue Heroes (2022- )
Chega à HBO Max nesta sexta (5).
Criada por Steven Knight (“Peaky Blinders”), conta a história de um tenente, David Stirling (Connor Swindells), que teve a ideia de criar uma unidade especial da Força Aérea britânica para operar além das linhas inimigas na Segunda Guerra Mundial —inspirado em fatos reais. O elenco tem ainda Jack O’Connell, Alfie Allen e Sofia Boutella.
Brockmire (2017-20)
Netflix, quatro temporadas, 32 episódios.
Uma década depois de ter um chilique ao vivo e ver sua carreira ir por água abaixo, o narrador de jogos de beisebol Jim Brockmire (Hank Azaria) tenta recomeçar narrando jogos da Minor League (mais ou menos a Série B do beisebol americano) no interior da Pensilvânia.
The New Yorker – 100 anos de história
The New Yorker at 100. Estreia nesta sexta (5) na Netflix, 96 min.
Documentário que homenageia um dos mais importantes títulos da imprensa americana em seu centenário, com depoimentos de ex-funcionários e alguns de seus principais repórteres atuais, além de fãs famosos, como Jon Hamm e Sarah Jessica Parker.
Veja antes que seja tarde
Uma dica de filme ou série que sairá em breve das plataformas de streaming
Estação Onze (2021-22)
Station Eleven. Na HBO Max até 15.dez, dez episódios.
Bem quando eu estava pensando em reassistir (de novo) a “Estação Onze”, a HBO Max avisa que está prestes a tirá-la do ar. Recomendo, então, preparar o coração e correr para ver esta minissérie que adapta o livro de Emily St. John Mandel de 2014.
Quando os primeiros sinais de uma pandemia devastadora aparecem em Chicago, Jeevan (Himesh Patel), um jornalista sem rumo na vida, acidentalmente adota uma garotinha (Matilda Lawler) aficcionada por teatro. Duas décadas depois, ela (Mackenzie Davis) é a estrela de uma trupe que viaja encenando Shakespeare e mantendo a arte viva, apesar de tudo.
