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Equador e EUA cancelam plano de base militar em Galápagos – 31/10/2025 – Mundo

Equador e Estados Unidos desistiram do plano de instalar uma base militar americana nas ilhas Galápagos, como parte da ofensiva contra o narcotráfico no Pacífico, anunciou o presidente equatoriano, Daniel Noboa, nesta sexta-feira (31).

O mandatário, um dos principais aliados do governo de Donald Trump na região, havia proposto recentemente instalar uma base estrangeira em Baltra, pequena ilha do arquipélago, para combater o tráfico de drogas e combustível, assim como a pesca ilegal.

A ideia gerou fortes críticas de opositores e ambientalistas, que alertaram para os possíveis impactos da base. Patrimônio natural da humanidade, o arquipélago, com ecossistemas frágeis, flora e fauna únicas no mundo, está localizado em um ponto estratégico do Pacífico, a mil quilômetros da costa do Equador.

“Baltra está descartada”, disse Noboa em entrevista ao canal Teleamazonas. O líder de direita é conhecido por sua política linha-dura e aposta na militarização para combater a grave crise de segurança pública que acomete o país, em particular com o crescimento do narcotráfico.

Segundo o presidente, a decisão foi tomada em conjunto com a secretária americana de Segurança Doméstica, Kristi Noem, que visitará Quito na próxima semana, três meses após sua primeira visita.

Segundo Noboa, os dois governos avaliam a instalação de bases em Manta ou Salinas, dois balneários do Equador onde já há instalações das Forças Armadas. Manta foi sede de uma base militar americana para controle do narcotráfico até 2009, enquanto Salinas foi junto com Baltra parte da estratégia militar de Washington na Segunda Guerra Mundial.

Por iniciativa de Noboa, os equatorianos decidirão em um referendo marcado para o dia 16 de novembro se desejam ou não permitir que bases militares estrangeiras operem no país, o que é proibido na Constituição desde 2008.

O debate ocorre em meio à ofensiva militar dos Estados Unidos no Pacífico e no Caribe que já matou mais de 61 pessoas. As ações são questionáveis do ponto de vista do direito internacional e criticadas por governos da região e opositores de Trump.

O ataque mais recente ocorreu na última quarta-feira (29). Segundo o Pentágono, quatro pessoas morreram.

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