Quatro pessoas morreram e várias outras ficaram feridas em uma explosão numa estação de trem no norte da Ucrânia nesta sexta-feira (24). Segundo as autoridades, um homem que havia sido detido recentemente por tentar deixar o país de forma ilegal detonou um artefato durante uma verificação de documentos na estação ferroviária de Ovruch, cidade próxima à fronteira com a Belarus.
Três mulheres morreram, sendo uma delas agente da guarda de fronteira e duas civis, de 29, 58 e 82 anos. O homem responsável pela explosão, de 23 anos, chegou a receber atendimento médico em uma ambulância, mas também morreu. Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas, ainda segundo as autoridades.
As causas e circunstâncias do ataque ainda estão sendo investigadas. A imprensa local chegou a relatar que o agressor usou uma granada, mas o Ministério do Interior da Ucrânia afirmou à agência de notícias AFP que o tipo de artefato não foi confirmado.
Imagens divulgadas pelo serviço de fronteira no Telegram mostram equipes de resgate atuando na plataforma e socorrendo as vítimas logo após a detonação. As autoridades não mencionaram qualquer relação do caso com a guerra em curso no país desde fevereiro de 2022.
Desde o início da invasão russa, milhares de homens tentaram escapar de forma ilegal da Ucrânia, em alguns casos colocando suas vidas em risco. De acordo com dados da ONU, mais de 5,6 milhões de ucranianos se refugiaram no exterior desde 2022, a maioria em países da Europa.
Em agosto, as autoridades ucranianas anunciaram uma mudança na lei marcial imposta desde o início da invasão. Desde então, homens de 18 a 22 anos podem deixar o país livremente, sem restrições, mesmo durante o período de guerra. Até então, cidadãos do sexo masculino de 18 a 60 anos estavam proibidos de deixar a Ucrânia, salvo em situações excepcionais.
A primeira-ministra ucraniana, Iulia Sviridenko, escreveu em plataformas de mensagens na ocasião que a medida vale para todos os cidadãos dessa faixa etária, incluindo aqueles que já estão no exterior. Nesses casos, eles poderão retornar ao território ucraniano e voltar a sair sem impedimentos. Segundo ela, o objetivo é permitir que os cidadãos mantenham vínculos com seu país, mesmo durante o conflito.



