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Pentágono credencia mídia conservadora após debandada – 22/10/2025 – Mundo

Quase uma semana após dezenas de jornalistas entregarem suas credenciais por se recusarem a assinar uma nova política de imprensa, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou a formação de uma nova equipe de repórteres credenciados, composta majoritariamente por veículos de perfil conservador.

Segundo o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, 60 pessoas de diferentes organizações foram credenciadas. Ele afirmou que o grupo representa “um amplo espectro de veículos de nova mídia e jornalistas independentes” e que todos concordaram com as novas regras de cobertura.

O documento imposto a partir da última semana impede jornalistas de solicitar informações que não tenham sido autorizadas para divulgação, mesmo que não sejam sigilosas —mudança considerada significativa no modo de relacionamento com a imprensa.

Entre os veículos que assinaram o termo estão Real America’s Voice, Lindell TV, Gateway Pundit, Post Millennial, Human Events, National Pulse e RedState. Também participam a marca de mídia Frontlines, ligada à Turning Point USA —do influenciador Charlie Kirk—, o canal Timcast, do influenciador Tim Pool, e o boletim Washington Reporter, hospedado no Substack.

Parnell afirmou que 26 pessoas de 18 veículos já haviam aderido ao documento original, entre eles OAN, The Federalist e The Epoch Times. Segundo ele, “novos meios e jornalistas independentes criaram a fórmula para contornar as mentiras da grande mídia e levar notícias reais diretamente ao povo americano”.

O Pentágono não divulgou a lista completa dos signatários. Timcast, National Pulse e Washington Reporter confirmaram ter assinado a política em comunicado ao jornal The Washington Post. Outros veículos, como Post Millennial, Human Events, Lindell TV e Gateway Pundit, confirmaram nas redes sociais.

A decisão ocorre após a saída de diversos repórteres tradicionais do Pentágono, que criticaram o novo regulamento. Canais como ABC, CBS, NBC, CNN e Fox News —no qual trabalhava o secretário de Defesa Pete Hegseth— anunciaram que não concordariam com as novas exigências, classificadas em nota conjunta como “sem precedentes e ameaçadoras às proteções jornalísticas básicas”.

Outros veículos conservadores, como Newsmax, Washington Times, Washington Examiner e Daily Caller, também se recusaram a aderir. A debandada reduziu o número de correspondentes fixos no prédio.

Antes da saída dos jornalistas, apenas o canal OAN tinha presença regular entre os novos veículos agora credenciados. As redações que passam a ocupar o espaço são menores e menos conhecidas, algumas com histórico de partidarismo e apoio ao presidente Donald Trump.

Tim Pool, do Timcast, afirmou em comunicado que sua equipe pretende usar o acesso para “consultas gerais e entrevistas”. Disse ainda que, caso o canal se veja em conflito com a política do Pentágono, “a prioridade será sempre o direito do público à informação e a transparência”.

Editores de outros veículos também confirmaram participação. Raheem Kassam, do National Pulse, disse que o grupo não pretende “divulgar decisões editoriais a partes externas”. Matthew Foldi, do Washington Reporter, afirmou que sua equipe pretende “ocupar o espaço deixado pela antiga imprensa do Pentágono”.

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