O governador do Maranhão, Carlos Brandão, pediu desfiliação do PSB em 17 de setembro sem comunicar ao partido, que descobriu a novidade quando preparava uma reunião para expulsá-lo.
Brandão, que havia entrado no partido em março de 2022, protocolou a saída diretamente à Justiça Eleitoral.
A decisão já era esperada, principalmente depois de ele ter sido retirado do comando do PSB no Maranhão em agosto e substituído pela senadora Ana Paula Lobato, casada com o deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade), adversário do governador.
Lobato havia convocado uma reunião da Executiva estadual para esta terça-feira (21) para discutir, entre outras coisas, a expulsão de Brandão do partido, em resposta a denúncias feitas pelos deputados Márcio Jerry (PC do B-MA) e Rubens Pereira Jr. (PT-MA) sobre violações a prerrogativas parlamentares. Eles afirmam que a Polícia Civil do Maranhão estaria sendo politicamente usada para perseguir adversários do governador Brandão e constranger aliados.
Diante da informação de que o governador já havia se desfiliado, o PSB no Maranhão soltou uma nota assinada por Lobato comunicando que decidiu, por unanimidade, recomendar aos filiados que atualmente ocupam cargos no governo que deixem suas funções.
Ao Painel Lobato diz que o rompimento com o governo Brandão ocorreu ainda em 2024. “O meu retorno ao PSB já reflete, naturalmente, que o partido passa a fazer oposição ao governo”, afirma.
Brandão era aliado do hoje ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino. Em negociação em 2022, Brandão indicou apoio ao vice, Felipe Camarão (PT), na disputa pelo Palácio dos Leões. No entanto, Brandão e Dino se afastaram e o atual governador maranhense tem costurado o nome de seu sobrinho Orleans Brandão para substitui-lo no cargo. O racha preocupa Lula (PT), que tenta pacificar o cenário.
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