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Museu do Louvre: Relatório revela falhas na segurança – 20/10/2025 – Mundo

Um relatório do Tribunal de Contas da França mostrou que o museu do Louvre, alvo de um roubo à luz do dia neste domingo (19), tinha uma série de falhas na segurança.

O documento, obtido pela agência de notícias AFP e pela imprensa local, diz que a instituição “não conseguiu se atualizar na implantação de equipamentos destinados a garantir a proteção das obras” durante o período analisado, de 2019 a 2024.

O relatório ainda é preliminar, e uma versão completa deverá ser publicada até o fim deste ano. Segundo a avaliação da corte, há um “atraso persistente” na área de segurança. O documento afirma que cerca de um terço das salas do setor Denon do museu, onde fica a Galeria de Apolo, que abrigava as joias roubadas, não tem câmeras de vigilância.

No setor Richelieu, onde estão expostas esculturas francesas do século 17, cerca de 75% das salas não possuem esse tipo de equipamento, enquanto na ala Sully, que abriga itens como múmias, sarcófagos e objetos da Mesopotâmia, esse percentual é de 60%.

Ainda segundo as informações divulgadas pela imprensa, apenas 138 câmeras foram instaladas no museu no período de cinco anos.

O documento diz que “embora a maior parte dos estudos preliminares [para as obras necessárias] tenha sido realizada nos últimos anos”, a implementação das melhoras “parece desigual e, de modo geral, muito limitada”. E afirma que os investimentos realizados foram pequenos em relação às necessidades da instituição cultural.

O relatório aponta ainda que a atualização do sistema de proteção contra incêndios, iniciada em 2010, “ainda não foi concluída”.

Multidões se reuniram do lado de fora do museu, que continuou fechado nesta segunda, e algumas pessoas fotografavam o local por onde os criminosos entraram no prédio.

O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, disse que o governo falhou, e funcionários dos ministérios da Cultura e do Interior realizaram uma reunião de emergência nesta segunda. Após a reunião, o governo ordenou uma revisão de segurança no Louvre e em outros espaço culturais do país.

“Por tempo demais, nos preocupamos com a segurança dos visitantes, mas não com a das obras de arte“, disse a ministra da Cultura, Rachida Dati, à emissora M6TV, acrescentando que pretende acelerar as melhorias de segurança nos museus.

O roubo ocorreu às 9h30 locais (4h30 em Brasília) de domingo, meia hora depois da abertura, e chocou turistas que precisaram deixar o local às pressas. Segundo o governo francês, quatro criminosos utilizaram um elevador de carga e uma minisserra elétrica para cometer o crime, em uma ação que durou apenas sete minutos. Os criminosos fugiram em uma scooter, que já foi localizada.

O acervo levado incluía peças que pertenceram à imperatriz Maria Luísa, esposa de Napoleão Bonaparte, além de joias de Hortênsia, enteada do imperador e rainha da Holanda, e de Maria Amélia, esposa do rei Luís Felipe e última rainha da França.

Museu mais frequentado da França, o Louvre recebe cerca de 9 milhões de visitantes por ano. O presidente Emmanuel Macron havia anunciado, em janeiro, uma reforma estrutural até 2031, com nova entrada e reorganização das salas para reduzir o fluxo de visitantes.

No mês passado, dois museus importantes da França sofreram assaltos milionários. Pepitas de ouro foram levadas do Museu Nacional de História Natural de Paris, e porcelanas chinesas estimadas em milhões de euros desapareceram de um museu de Limoges.

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