A França vai avaliar a proteção de locais culturais em todo o país e reforçar a segurança, se necessário, informaram as autoridades nesta segunda-feira, enquanto uma caçada está em andamento para encontrar as quatro pessoas que realizaram um audacioso roubo à luz do dia no museu do Louvre.
Os ladrões invadiram o Louvre usando um guindaste para quebrar uma janela no andar de cima e, em seguida, roubaram objetos de valor inestimável de uma área que abriga as joias da coroa francesa antes de fugirem em motos.
O roubo, que vários jornais chamaram de “assalto do século”, ganhou as manchetes em todo o mundo. O museu permanece fechado nesta segunda.
O roubo levantou questões incômodas sobre a segurança no museu, que abriga obras de arte como a Mona Lisa e que recebeu 8,7 milhões de visitantes em 2024.
O ministro da Justiça, Gérard Darmanin, disse que o roubo colocou a França sob uma luz “deplorável”. Os políticos da oposição criticaram o governo pelo que classificaram como uma humilhação nacional em um momento em que o país já está sendo atingido por uma profunda crise política.
“O que é certo é que falhamos”, declarou Darmanin à rádio France Inter. “Alguém foi capaz de colocar um caminhão guindaste a céu aberto nas ruas de Paris, para que as pessoas subissem por alguns minutos e levassem joias de valor inestimável e dessem à França uma imagem deplorável.”
Os ministros da Cultura e do Interior realizaram uma reunião de emergência na segunda-feira e concordaram em solicitar a autoridades graduadas de toda a França que “avaliem imediatamente as medidas de segurança existentes em torno das instituições culturais e as reforcem, se necessário”, informou o Ministério do Interior.
“Por muito tempo, nós nos atentamos à segurança dos visitantes, mas não à segurança das obras de arte”, disse a ministra da Cultura, Rachida Dati, à M6TV, acrescentando que ela espera implementar atalhos nas regras de compras públicas para acelerar as melhorias de segurança nos museus.
O roubo durou entre seis e sete minutos e foi realizado por quatro pessoas desarmadas, mas que ameaçaram os guardas com esmerilhadeiras, disse a promotora de Paris Laure Beccuau no domingo.
A investigação foi confiada a uma unidade policial especializada que tem uma alta taxa de sucesso na repressão a roubos de alto perfil, disse o ministro do Interior, Laurent Nuñez, no domingo.