Um tumulto durante os atos fúnebres do líder da oposição do governo do Quênia, Raila Odinga, deixou dezenas de pessoas feridas neste sábado (18) em Kisumu, no oeste do país.
Alguns feridos em estado crítico foram levados a um hospital próximo, disse um funcionário da Cruz Vermelha local à Reuters.
É o terceiro dia consecutivo de incidentes relacionados aos atos fúnebres de Odinga, o principal nome da oposição ao presidente William Ruto e político incontornável do país há anos.
De acordo com o Médicos Sem Fronteiras, tumultos e confrontos com a polícia na capital Nairóbi durante a despedida de Odinga deixaram ao menos 5 mortos e mais de 160 feridos.
Três pessoas morreram na quinta-feira (16), quando agentes de segurança abriram fogo para dispersar uma multidão reunida para ver o corpo de Odinga. Na sexta-feira (17), mais duas pessoas morreram em meio a uma multidão desordenada no estádio Nyayo, que recebeu o funeral.
O político, que concorreu sem sucesso à Presidência cinco vezes, morreu na quarta-feira (15), aos 80 anos, na Índia, onde estava recebendo tratamento médico.
O corpo de Odinga foi levado neste sábado para Kisumu, cidade considerada o centro político do grupo étnico Luo, do qual o político fazia parte.
Grandes multidões de pessoas podiam ser vistas chorando, acenando bandeiras quenianas e, em um momento, empurrando-se umas às outras em uma briga no estádio Jomo Kenyatta em Kisumu.
Uma procissão pelas estradas havia sido planejada de Kisumu até sua propriedade em Bondo, mas após o incidente, seu corpo será transportado de avião para Bondo, de acordo com informações do jornal Standard.