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BGS decepciona com muitos influenciadores e poucos games – 15/10/2025 – Ilustrada

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A BGS (Brasil Game Show) deste ano marcou a 16ª edição de uma das maiores feiras de games do país, e o CEO e fundador do evento, Marcelo Tavares, afirmou em entrevista à Folha que o evento deste ano marcava “uma nova fase”, mesmo slogan usado oficialmente.

A nova fase se referia ao Distrito Anhembi, quatro vezes maior que o Expo Center Norte, sede do evento até o ano passado, e que prometia oferecer uma feira mais espaçosa, com estandes mais robustos e novos espaços para lançamentos, anúncios e negócios.

Mas, ao que parece, a Brasil Game Show não conseguiu passar pela nova fase que se propôs a jogar. O evento pareceu mais um espaço para ativações de marcas e encontros de influenciadores do que para a apresentação das principais novidades em jogos, consoles e PCs.

Eram 400 mil m² de espaço, ante 100 mil m² na edição anterior, e grandes empresas do setor, como Nintendo, Sega, Pokémon, Supercell e outras. Entre as personalidades, o grande Hideo Kojima, criador de “Death Stranding” e “Metal Gear Solid”, conversou com jornalistas e até avaliou cosplays da feira.

Verdade, são grandes empresas. E verdade, boas coisas foram apresentadas. A gigante do Mario trouxe o Switch 2, que, embora não fosse mais uma novidade, foi apresentado publicamente na BGS. Por outro lado, a Samus e o novo “Metroid Prime” ficaram apenas em um papel de parede no estande.

A Sega veio com espaço um pouco menor, e trouxe “Sonic Racing: Crossworlds”, outro bom lançamento, e a EA (Electronic Arts) lancou “Battlefield 6” na feira, grandes méritos. Havia um estande tímido de “Ghost of Yōtei”, mas, entre os grandes destaques, a lista termina aqui.

Isso não significa que outras atrações não eram dignas de nota. “Resident Evil Survival Unit” é um bom destaque para dispositivos móveis, mas não alcança a experiência dos títulos principais da franquia, já que é difícil reproduzir a mesma profundidade narrativa dos jogos de PC e console em um celular.

Talvez a parte mais interessante da feira estivesse nos indies, com boas ideias e desenvolvedores entusiasmados com os jogadores brasileiros, fiéis e engajados. Mas a feira foi, no mínimo, ingrata com os independentes ao montar o mapa e sua estrutura.

Explico: apesar de a feira ter projetado espaços mais abertos e visíveis de um lado a outro do pavilhão, os jogos independentes ficaram escondidos atrás de tapumes que os separavam de um auditório. Além disso, eram estandes pequenos e pouco personalizados, parecidos com os de feiras estudantis.

Em um local com tantas animações faraônicas, deixar de impulsionar a atividade dos independentes —que trazem inovação e precisam de apoio em um mercado bastante concentrado— significa relegá-los a uma posição secundária e, eventualmente, de desrespeito.

Outro ponto negativo envolvia os jogos retrô ou arcade: boa parte deles era paga, diferentemente do visto na Gamescom Latam, por exemplo. Se uma feira com ingressos a partir de R$ 150, em um país de renda média mais baixa, quer cativar os jogadores mais velhos, deveria oferecer esses jogos gratuitamente.

Por outro lado, grandes estandes pareciam buscar outra forma de atrair o público: influenciadores e ativações de marca com comida, por exemplo, geravam muita atenção e longas filas, especialmente entre crianças e adolescentes.

Em determinado momento, algumas personalidades da internet ficaram no primeiro andar do estande de uma das empresas, e o público lotou as passagens ao redor. Era possível ouvir gritos como se estivéssemos em um show de um grande artista, mas sem música ou apresentação. Apenas acenos.

Influenciadores e marcas certamente são bem-vindos nesses eventos, mas é importante buscar o equilíbrio para que a feira, ao final, não pareça descaracterizada ou sem propósito. Neste ano, olhar para os jogos na BGS foi como ver mais do mesmo, sem magia, sem novidade, sem algo palpitante que tornasse a feira memorável. A BGS não soube encontrar esse equilíbrio entre jogadores e marcas.

Questionado se a BGS aprendia com outros eventos de games no país, como a Gamescom Latam ou a Anime Friends, Marcelo Tavares afirmou: “Aprendizado eu diria que não. Hoje, com todo respeito aos outros eventos que são feitos aqui no Brasil, eles são muito menores do que a BGS. Então a estrutura, o perfil, o porte, inclusive do que é feito pelos expositores, é muito diferente”. Talvez seja hora de verificar se outros eventos possuem práticas capazes de melhorar a feira.

Se o público gamer é, de fato, exigente, é melhor a BGS passar de fase no ano que vem para seguir cativando o público e as empresas. A E3 (Electronic Entertainment Expo) é exemplo disso.


Play

dica de game, novo ou antigo, para você testar

Sudden Attack: Zero Point

(PC)

A Nexon acertou muito com a remasterização deste game, lançado originalmente em 2005. Com gráficos atualizados, mecânica renovada e novidades, o jogo de tiro em primeira pessoa segue caótico, rápido e muito divertido. São dois modos: desarmamento de bombas, como em “Counter Strike”, e o mata-mata em equipe. Agora, há customização de armas, com ajustes na aparência e no desempenho dos equipamentos, além de configurações otimizáveis para mira, sensibilidade e campo de visão. O jogo tem suporte ao português brasileiro e promete uma série de eventos especiais para engajar a comunidade.

O jornalista recebeu uma cópia do jogo com acesso antecipado.


Update

novidades, lançamentos, negócios e o que mais importa

  • Laura Fryer, uma das primeiras funcionárias da Microsoft Game Studios e uma das fiadoras do Xbox dentro da gigante americana, afirmou em seu canal no YouTube, na última quinta-feira (9), que a liderança atual da divisão de jogos e consoles vive em uma bolha e foi tomada pelo que chamou de “ganância corporativa”. Segundo ela, os executivos do Xbox não conseguem ouvir o retorno da comunidade gamer, e a mudança de planos do Xbox Game Pass é a prova desse movimento da empresa. Para Fryer, o reajuste de preços representa uma traição à confiança depositada pelos fãs.

  • A Netflix anunciou na última quinta que lançará games para TV ainda em 2025, expandindo sua atuação para além de filmes e séries. Segundo a empresa, o controle remoto da televisão poderá ser usado como controle, e, inicialmente, serão cinco títulos, jogáveis em grupo: “Lego Party”, “Boggle Party”, “Pictionary: Game Night”, “Tetris Time Warp” e “Party Crashers: Fool Your Friends”. Também será possível usar o celular para controlar personagens e interagir com os jogos.

  • O governo do Kentucky, estado dos Estados Unidos, decidiu processar “Roblox” por práticas que, segundo a acusação, tornam crianças e adolescentes vulneráveis a abusos. De acordo com Russell Coleman, procurador-geral do estado, a plataforma virou um “parque de diversões para predadores”, e os jovens se tornaram alvos fáceis de adultos criminosos. Ele afirma que o jogo não alerta os pais sobre os riscos a que as crianças estão expostas em conversas, por exemplo, nem oferece proteções básicas aos usuários. À revista PC Gamer a empresa responsável pelo game disse ter tomado mais de cem medidas em 2025 para garantir a segurança dos jogadores.

  • A Epic Games ingressou com uma ação contra criadores do “Fortnite” que teriam usado robôs para inflar os números de suas ilhas, o que daria mais visibilidade aos mapas e, consequentemente, maior retorno em dinheiro. Idris Nahdi e Ayob Nasser teriam usado os perfis falsos para afirmar que 20 mil pessoas conectavam-se simultaneamente aos cenários de jogos por eles criados. Segundo a desenvolvedora, ambos violaram os termos de serviço do “Fortnite” e teriam recebido “dezenas de milhares de dólares” ilegalmente. A Epic pede uma compensação financeira pela artificialização dos mapas.

  • A PlayStation Store finalmente ganhará um sistema de avaliação de jogos com comentários, além das tradicionais cinco estrelas já disponíveis na loja. Por enquanto, o recurso pode ser acessado apenas pelo navegador, mas deve chegar ao PlayStation 5 em breve. Os usuários terão até 4.000 caracteres para justificar a nota atribuída ou compartilhar suas experiências com os games.

  • O arquiteto-chefe do PlayStation, Mark Cerny, e o executivo da AMD, Jack Huynh, detalharam em um vídeo publicado no YouTube da Sony novas tecnologias gráficas desenvolvidas em parceria entre as duas empresas. O Project Amethyst se baseia em três pilares: o uso de inteligência artificial para um processamento mais eficiente das imagens pelos chips gráficos; a criação de hardware dedicado à aplicação de texturas, luzes e reflexos além da cena renderizada; e a compressão de dados pelos processadores, reduzindo o consumo de energia. Segundo os executivos, as simulações com essas tecnologias apresentaram qualidade visual superior sem aumento significativo no gasto energético. Ambos destacam, porém, que o projeto ainda está em fase de testes.

Download

games que serão lançados nos próximos dias e promoções que valem a pena

13.out

“Spindle” (Nintendo Switch, PC)

“Undusted: Lettters from the Past” (PC)

14.out

“Chickenhare and the Treasure of Spiking Beard” (Nintendo Switch, PC, PS4, PS5, Xbox Series X|S)

“Just Dance 2026 Edition” (Nintendo Switch, PS5, Xbox Series X|S)

“Mohrta” (PC)

“Nascar 25” (PS5, Xbox Series X|S)

15.out

“Ball x Pit” (NIntendo Switch, PC, PS5, Xbox Series X|S)

“CUFFBUST” (PC)

“Lords of Ravage” (Nintendo Switch, PC, PS4, PS4, Xbox One, Xbox Series X|S)

“One Military Camp” (PS5, Xbox Series X|S)

16.out

“Blood West” (PS5, Xbox Series X|S)

“Deathless” (Nintendo Switch, PS5, Xbox Series X|S)

“Escape from Duckov” (PC)

“Fellowship” (PC)

“Overthrown” (PC, PS5, Xbox Series X|S)

“Pax Dei” (PC)

“Pokémon Legends Z-A” (Nintendo Switch, Nintendo Switch 2)

“Starbites” (Switch, PS5, Xbox Series X|S)

“Sunken Engine” (PC)

17.out

“Away From Home” (PC)

“KAKU Ancient Seal” (PS5, Xbox Series X|S)

“Keeper” (PC, Xbox Series X|S)

“Lumo 2” (Nintendo Switch, PC, PS5)

“Unbox the Room” (PC)

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