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Streaming: 6 filmes que tiraram atores da zona de conforto – 09/10/2025 – Ilustrada

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Tem atores cujas carreiras nos ensinam a esperar de tudo deles. Pense numa Nicole Kidman, cuja presença nas telas comporta das histórias em quadrinhos de “Aquaman” ao terror de “Os Outros”, à comédia de “A Feiticeira” e aos dramas de prestígio, como “As Horas”, sem deixar de lado escolhas mais ousadas como “De Olhos Bem Fechados” e “Babygirl”.

Já outros, por escolha ou não, se acomodam em uma zona de conforto —que pode ser maior ou menor—, repetindo variações dos mesmos temas e personagens. Isso não precisa ser uma coisa ruim: não há nada de errado em ser muito bom em uma coisa.

Mas, quando esses atores têm a oportunidade de sair do esperado, os resultados podem surpreender e até gerar burburinhos sobre premiações apenas pelo choque de contextos.

É o caso de “Coração de Lutador: The Smashing Machine”, agora nos cinemas, que traz Dwayne Johnson, o The Rock —um ex-lutador da WWE e ator de comédias de ação— em um papel dramático.

Infelizmente para Johnson, a bilheteria da cinebiografia do lutador Mark Kerr tem decepcionado e a crítica não acompanhou a empolgação do júri do Festival de Veneza, que deu ao longa o prêmio de melhor direção para Benny Safdie.

Abaixo, trago mais filmes em que atores famosos saíram da zona de conforto, para assistir em casa.

Dreamgirls: Em Busca de um Sonho (2006)

Dreamgirls. Paramount+, 130 min.

Esta adaptação do musical da Broadway dirigida por Bill Condon tirou vários atores de suas zonas de conforto. Jennifer Hudson, por exemplo, que venceu o Oscar de melhor atriz coadjuvante, era conhecida por ter sido uma das finalistas do reality American Idol e estreava no cinema como a cantora Effie White.

Ao seu lado estava Beyoncé, em seu maior papel dramático —suas incursões anteriores aconteceram em filmes menores, e eu não tenho certeza de que ela lembra que fez “A Pantera Cor-de-Rosa” (2006).

Daria destaque, porém, a Eddie Murphy. Um dos maiores nomes da comédia mundial desde suas temporadas em “Saturday Night Live”, no começo dos anos 1980, Murphy construiu sua carreira entre as comédias e as comédias de ação. Em “Dreamgirls”, porém, ao interpretar um amálgama de cantores da era Motown como James Brown, Jackie Wilson e Marvin Gaye, ele exibiu dotes dramáticos que lhe renderam uma indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante.

Busca Implacável (2008)

Taken. Disney+, 94 min.

Em 2008, o irlandês Liam Neeson, então com 56 anos, era conhecido principalmente por seus papéis dramáticos, como em “A Lista de Schindler” (1993), “Nell” (1994) e “Michael Collins” (1996). Mesmo sua participação na nova trilogia de “Star Wars” se apoiava em seu estoicismo e solenidade, até que “Busca Implacável” o tornou um herói de ação.

O sucesso do filme, em que Neeson interpreta um guarda-costas que embarca em uma jornada de vingança e pancadaria para resgatar a filha, abriu as portas do cinema de ação e suavizou a imagem do ator, que passou também a fazer mais participações em comédias e a rir da própria carranca.

Jogos do Poder (2007)

Charlie Wilson’s War. Disponível para aluguel (Amazon, Claro e iTunes), 102 min.

“Pai da América”, herdeiro espiritual de James Stewart, Tom Hanks interpretou uma gama de personagens, muitos dos quais que se destacam por sua retidão moral e bom-mocismo —principalmente nas últimas décadas, após a sua chegada à meia idade. Antes disso, foi a cara de heróis românticos e “sujeitos comuns”, como no clássico “Sintonia de Amor” (1993).

Na passagem entre essas duas fases está “Jogos do Poder”. Nele, Hanks assume o papel de Charlie Wilson, um democrata texano que, nos anos 1980, em meio a noitadas com jovens mulheres regadas a muita cocaína, arquitetou o aumento exponencial do apoio americano aos afegãos em sua resistência à invasão soviética.

Um roteiro de Aaron Sorkin dirigido pelo lendário Mike Nichols apelaria a qualquer bom ator, mas não é todo dia que Hanks se arrisca com um personagem que poderia ser ligado às causas do 11 de Setembro, ou que não é romântico, mas que faz sexo.

Em Carne Viva (2003)

In the Cut. Disponível para aluguel (Amazon), 119 min.

Contraparte de Tom Hanks em tantas comédias românticas, Meg Ryan, a “namoradinha da América”, viu sua carreira implodir no começo dos anos 2000. Não só ela chegava aos 40 anos (pecado capital para Hollywood), como também envolveu-se em um escândalo de tabloides e estrelou filmes que decepcionaram em crítica e bilheteria. Aí veio “Em Carne Viva”, que chocou o público.

Dirigido por Jane Campion, o filme traz Ryan como uma professora de inglês em Nova York que se envolve com um policial, interpretado por Mark Ruffalo, enquanto ele investiga uma série de assassinatos de mulheres no bairro. Em meio ao romance quente e explícito, ela começa a desconfiar que o detetive pode ser ele mesmo o assassino.

Azar o nosso que Ryan se afastou da indústria depois disso. “Em Carne Viva” tem um desfecho meio lelé, mas não deixa de ser muito bom.

Que Horas Eu Te Pego? (2023)

No Hard Feelings. Prime Video, 104 min.

Indicada a um Oscar de melhor atriz aos 20 anos, Jennifer Lawrence rapidamente consolidou sua imagem como uma atriz dramática de qualidade e um chamariz de bilheteria, equilibrando papéis de prestígio —ganhou um Oscar com apenas 22 anos, por “O Lado Bom da Vida” (2013)— com sucessos em franquias de ação como “Jogos Vorazes” e “X-Men”.

“Que Horas Eu Te Pego?”, porém, traz Lawrence em um papel abertamente cômico como uma mulher que, precisando de dinheiro para salvar sua casa, aceita “namorar” um garoto sem que ele saiba do arranjo.

O Show de Truman: O Show da Vida (1998)

The Truman Show. Mercado Play, Netflix (até 24.out), Paramount+ e Telecine, 103 min.

O careteiro Jim Carrey fez sua fama nas maiores comédias de Hollywood nos anos 1990. Só em 1994, lançou “Ace Ventura: Um Detetive Diferente”, “O Máskara” e “Debi e Loide: Dois Idiotas em Apuros”. No ano seguinte, vieram “Batman Eternamente” e “Ace Ventura 2: Um Maluco na África”, totalizando cinco sucessos estrondosos de bilheteria em cinco tentativas, todos filmes em que ele demonstra sua agilidade cômica e seu maximalismo.

Em busca de prestígio para acompanhar os seus milhões de dólares, porém, Carrey resolveu mostrar que era capaz de fazer mais que caretas. Com “O Show de Truman”, uma tragicomédia sobre um homem cuja vida é um programa de televisão, exibiu suas habilidades dramáticas, ganhou um Globo de Ouro de melhor ator e chegou perto de uma indicação ao Oscar.

O que está chegando

As novidades nas principais plataformas de streaming

A Cadeira

The Chair Company. Estreia neste domingo (12), na HBO Max, 23h.

Tim Robinson e Zach Kanin trazem o humor peculiar de “I Think You Should Leave with Tim Robinson”, da Netflix, para a HBO Max. Robinson interpreta Will Trosper, um homem comum que, após um incidente constrangedor no trabalho, acidentalmente descobre uma vasta conspiração. Como pessoa que amou “Amizade Tóxica” (2024, aluguel) e “I Think You Should Leave”, estou ansiosa pela estreia!

Na Estrada (2012)

On The Road. Mubi, 124 min.

Adaptação do livro de Jack Kerouac dirigida por Walter Salles, com Sam Riley, Garrett Hedlund e um monte de pontas de famosos, como Kristen Stewart, Elisabeth Moss e Viggo Mortensen.

A Mulher na Cabine 10

The Woman in Cabin 10. Estreia nesta sexta (10) na Netflix, 92 min.

Uma jornalista (Keira Knightley) em uma viagem de cruzeiro para uma reportagem de turismo vê um corpo ser jogado ao mar, mas a tripulação diz que não há ninguém faltando. Com Guy Pearce e Hannah Waddingham.

John Candy: Eu Me Amo

John Candy: I Like Me. Estreia nesta sexta (10) no Prime Video, 113 min.

Documentário dirigido por Colin Hanks sobre o lendário comediante canadense John Candy, astro de “Antes Só do que Mal Acompanhado” (“Planes, Trains and Automobiles”, 1987) e “Quem Vê Cara Não Vê Coração” (“Uncle Buck”, 1989), morto em 1994, aos 43 anos.

Veja antes que seja tarde

Uma dica de filme ou série que sairá em breve das plataformas de streaming

Meninas Malvadas (2004)

Mean Girls. Deixa a Netflix em 31.out, 97 min.

Cady (Lindsay Lohan), recém-chegada ao ensino médio, descobre como é a vida entre as panelinhas colegiais, o que torna uma garota popular e o que é preciso para derrubar a “abelha rainha” da escola.

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